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quarta-feira, 31 de março de 2010

Água poluída mata mais que violência


A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU.

“A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras”, disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).

Em um relatório intitulado “Água Doente”, lançado para o Dia Mundial da Água, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas “zonas mortas”, sufocando recifes de corais e peixes.

O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.

Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento.

A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e “mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada.”

O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.

Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.

“Se o mundo pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto”, disse o diretor da Unep, Achim Steiner, “O esgoto está literalmente matando pessoas.”

Fonte: http://www.eco4planet.com/pt/

sábado, 27 de março de 2010

Participe da Hora do Planeta HOJE! Apague as luzes de sua casa das 20h30 às 21h30.


Participem da HORA DO PLANETA, HOJE (27/03)! Apaguem as luzes de casa de 20h30 às 21h30.
Será a maior mobilização já feita na Terra, contra o aquecimento global.
125 países e várias cidades brasileiras participarão do movimento.
Site da Hora do Planeta: http://www.horadoplaneta.org.br/index.php


Milhões de pessoas apagarão as luzes na Hora do Planeta

Centenas de locais mundialmente famosos, como a Torre Eiffel ou a o la Cidade Proibida, ficarão às escuras neste sábado durante a Hora do Planeta, uma ação destinada a promover a luta contra o aquecimento climático durante o qual se prevê a participação de milhões de pessoas.

A Hora do Planeta acontece neste sábado (27) às 20h30, no horário local de cada país, e mais de 1.200 edifícios apagarão suas luzes.

Esta quarta edição, que acontece três meses depois do fracasso da cúpula do clima de Copenhague, promete ser a mais seguida, com 125 países participantes ante os 88 do ano anterior, anunciaram os organizadores.

"A acolhida dada à Hora do Planeta foi imensa. A taxa de resposta é muito superior ao ano passado", afirmou com satisfação o fundador do movimento, Andy Ridley. "Supõe-se que a operação Hora do Planeta vai ultrapassar as fronteiras geográficas e econômicas", acrescentou.

O movimento nasceu em Sydney em 2007, quando 2,2 milhões de pessoas permaneceram às escuras durante 60 minutos para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo excessivo de eletricidade e a poluição por dióxido de carbono. Organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a operação adquiriu uma dimensão mundial em 2008.

Muitas multinacionais como o Google, Coca-Cola, Hilton, McDonalds, Canon, HSBC ou Ikea aceitaram participar no apagão pelo bem do planeta.

Sydney será, pela diferença horária, a primeira a mergulhar na escuridão, com o apagar das luzes da Ópera. Depois as luzes serão apagadas nas Pirâmides do Egito, a Fontana de Trevi e a Torre de Pisa, na Itália, ou a Torre Eiffel de Paris.


Em Pequim, a Cidade Proibida e o emblemático Ninho do Pássaro, estádio dos Jogos Olímpicos de 2008, também ficarão às escuras. Estes apagões adquirem um significado especial neste país, símbolo de um crescimento econômico fulgurante acompanhado de uma contaminação que ostenta o título de maior poluente do mundo.

No Japão, o Memorial da Paz de Hiroshima participará na operação enquanto que os grupos Sony, Sharp e Asahi apagarão suas luzes em Tóquio. Em Dubai, a Burj Khalifa, a maior torre do mundo, sumirá na escuridão.

Em dezembro, a Conferência de Copenhague, sob patrocínio da ONU, desembocou em um acordo de mínimos entre 30 países, dos 192 participantes.

O acordo fixa como objetivo limitar a dois graus a elevação média da temperatura do planeta, mas é impreciso sobre como se conseguirá ao não cifrar objetivos a curto prazo (2020) nem a médio (2050).

Os grandes países em desenvolvimento, como a China e a Índia, se negam a aceitar obrigações vinculantes e consideram que os objetivos dos países industrializados estão muito longe de sua responsabilidade na poluição do planeta.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/26/milhoes+de+pessoas+apagarao+as+luzes+na+hora+do+planeta+9440393.html


"A Hora do Planeta é um ato simbólico da sociedade – você faz acontecer. Inspire-se e respeite a natureza em todas as horas de sua vida."

quinta-feira, 25 de março de 2010

Fim de algumas espécies terminaria com a humanidade em poucos meses


Muito além da cadeia alimentar

A perda de biodiversidade tornou-se um problema muito sério no mundo moderno e, por causa da atividade do ser humano, deu-se uma quebra no habitat de muitas plantas e animais que, consequentemente, não sobreviveram. A ciência é crucial para salvar os seres em risco, mas não é suficiente sem uma intervenção política em tempo útil. Por isso, para lembrar a importância da Biodiversidade e mobilizar consciências mundiais, 2010 foi escolhido para ser o Ano Internacional da Biodiversidade – lançado hoje e amanhã em Paris.

A multiplicidade de seres, existentes hoje, resulta de quatro mil milhões de anos de evolução de várias espécies e a ligação que mantida entre elas apoia numa regra simples: todos são necessários – e este é o princípio básico para manter a vida na Terra. Cada animal ou planta desempenha um papel que torna o sistema de funcionamento da Natureza perfeito ou, pelo menos, mantinha até o ser humano começar a ‘fazer mudanças’.

Segundo o biólogo O. E. Wilson, da Universidade de Harvard (EUA), os insetos são tão importantes que se viessem a desaparecer, “a humanidade provavelmente não sobreviveria mais do que poucos meses”.

A afirmação é taxativa e a explicação é simples: tendo em conta que a Biodiversidade se refere à variedade de vida no planeta Terra e às funções ecológicas executadas pelos organismos nos ecossistemas – inclui a totalidade dos recursos vivos, biológicos, e genéticos e os seus componentes –, a espécie humana depende dela para a sua sobrevivência. E não se trata apenas de uma questão de cadeia alimentar.

Por exemplo, se as aranhas desaparecessem todas ou grande parte delas, o número de insetos aumentaria e gerariam pragas – que devastariam campos de cultivo, acabando com o sustento de várias famílias, espalhando doenças que se multiplicariam e nos deixando sem meios para travar a maior parte dos vírus que daí adviessem, já que os insetos são os maiores transmissores de patologias.


Para a natureza, todos os seres são úteis e têm a sua razão de ser, fazendo parte de um contexto geral no qual o próprio ser humano tem o seu lugar. Albert Einstein já alertou: “Quando as abelhas desaparecerem da face da Terra, o homem terá apenas quatro anos de vida”. O processo seria lento, mas eficaz.

Este himenóptero tem um importante papel polinizador e todo o ecossistema seria alterado sem ele. A função ecológica das abelhas é fundamental na manutenção da diversidade de espécies vegetais e para a reprodução sexual das plantas.

Durante suas visitas às flores, estes insetos transferem o pólen de uma para outra, promovendo a chamada polinização cruzada – os grãos de pólen caem e atingem o estigma, o elemento feminino da flor, provocando a sua fecundação – e é nesse momento que ocorre a troca de gâmetas entre as plantas. Uma boa polinização garante a variabilidade genética dos vegetais e a formação de bons frutos.

As células existentes no ovário da flor desenvolvem-se, geram frutos e sementes que, germinando, fazem nascer novas plantas, garantindo a continuidade da vida vegetal.


Outro animal, aparentemente isolado, como o urso polar, que habita as regiões do círculo polar Árctico e territórios próximos como Canadá, Alasca, Sibéria, Gronelândia e ilhas próximas como Svalbard (Noruega) e Wrangel (Rússia), também contribui e sua falta pode chegar até nós de forma devastadora.

Se estes animais desaparecessem, haveria uma superabundância de peixes nessas zonas; logo, estes, em pouco tempo deixariam de ter alimentos – a flora marinha seria imediatamente afetada. As algas, por exemplo, são componentes importantes dos ecossistemas marinhos, contribuindo para elevar a biodiversidade. São plantas avasculares (possuem vasos de transporte), fotossintéticas (consumem dióxido de carbono e produzem oxigénio) e estão na base da cadeia trófica servindo de alimento a peixes, moluscos, esponjas, etc.

Um relatório divulgado pela associação internacional World Wide Fund For Nature (WWF), no ano passado, já avisava sobre o impacto das alterações climáticas sobre as espécies mais emblemáticas do planeta, e traçou um quadro assustador: “Imaginem um mundo sem elefantes na savana africana, onde os orangotangos apenas existem em cativeiro ou em que as imagens de ursos polares em cima de icebergs só persistem em filmes?”.

O urso polar é um dos animais mais ameaçados pelas alterações climáticas e está condenado a extinguir-se dentro de uns meros 75 anos. Com o degelo das calotes polares, muitos ursos têm sido encontrado afogados longe dos seus territórios naturais, vítimas do deslocamento de imensas massas de gelo que se separam com os animais em cima e que acabam por derreter, deixando-os longe de um local firme e levando-os a morrer.

Portugal

Ao longo dos últimos seis anos, mais de 70 cientistas de dez universidades portuguesas participaram na análise das condições naturais do nosso país e traçaram cenários sobre o nosso relacionamento com o meio ambiente até 2050. Tiveram em mente o bem-estar humano ao fazerem a avaliação de Portugal à mesma luz com que as Nações Unidas tinham patrocinado a ideia do levantamento a nível global.

O resultado apurado foi que 40 por cento dos rios estão em mau estado, 70 por cento das espécies de água doce estão ameaçadas, os recursos pesqueiros no oceano estão sobreexplorados e os escassos bons solos já estão afetados por “más práticas agrícolas e impermeabilização urbana”. O relatório da WWF compila dados de vários relatórios científicos e, segundo este, o cenário leva consequentemente à perda de biodiversidade.

No contexto da comemoração do Ano Internacional da Biodiversidade em 2010 proposta pela Organização das Nações Unidas, o governo português decidiu criar um Comitê de apoio à iniciativa, cujo objetivo é criar um conjunto de atividades comemorativas em Portugal e nos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O Comitê Português para o Ano Internacional da Biodiversidade irá funcionar com o apoio da Comissão Nacional da UNESCO, criando parcerias com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

Haverá uma série de exposições e ainda um concurso implementado nas escolas sobre “Alterações Climáticas e a Biodiversidade”, um Encontro Internacional de Jovens Cientistas do Futuro e uma ação de formação destinada a professores de Cabo Verde, entre outras iniciativas.

Pegada Ecológica

Cada ser vivo necessita de uma quantidade mínima de espaço natural produtivo para sobreviver. A Pegada Ecológica permite calcular a área de terreno produtivo necessária para sustentar o nosso estilo de vida e quanto maior for, mais recursos são consumidos e assim consequentemente, desde o tipo de alimentação, lixo produzido, energia utilizada, etc.

Segundo o Relatório Brundtland, na Pegada Ecológica está implícita a ideia de que dividimos o espaço com outros seres vivos e um compromisso geracional, isto é, “capacidade de uma geração transmitir à outra um planeta com tantos recursos como os que encontrou”. Este documento foi elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, que reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.

Existem atividades diárias simples que podem contribuir para a diminuição da nossa Pegada Ecológica, como: reciclar, utilizar aparelhos elétricos e eletrônicos de baixo consumo, reduzir o uso de sistemas de climatização, investindo em bons isolamentos na habitação, preferir produtos produzidos localmente e especialmente ecológicos, pois consomem menos combustível no seu transporte, produzindo menos emissões e contribuem para a manutenção do emprego e para o desenvolvimento da economia regional, entre outros hábitos.

Se adotarmos comportamentos mais amigos do ambiente que, direta ou indiretamente, permitem reduzir a quantidade de recursos necessários às nossas atividades diárias, reduzir emissões de dióxido de carbono, isso poderá salvar a vida de algumas espécies, além da nossa “Humanidade”.

Fonte: Ciência Hoje (22 de janeiro de 2010)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Promotor defende a criação da Primeira Promotoria Especializada em Defesa Animal


Cultura antropocêntrica
Direito dos animais é alvo de preconceitos, diz promotor
24 de março de 2010

“Ainda existe preconceito quando se fala em direito dos animais. Muita gente, da área jurídica inclusive, não leva a questão a sério”. A opinião é do promotor de justiça, Laerte Fernando Levai, que atua na cidade de São José dos Campos (SP). Para ele esse preconceito é fruto de uma cultura tradicional antropocêntrica, mas que está mudando lentamente e passa a aceitar a inclusão dos animais na esfera das considerações morais humanas. Porém, Levai ressalta que a questão “não é apenas jurídica, mas, sobretudo, educacional”.

Laerte Fernando Levai, autor do livro “Direito dos Animais”, editado pela Editora Mantiqueira, também elaborou uma tese jurídica que defende a criação de uma promotoria especializada na defesa animal, “capaz de estender a noção de direitos fundamentais para além dos seres humanos. Isso certamente ajudaria a corrigir uma injustiça histórica que, há séculos, recai sobre os animais”.

Levai defende que todos os animais merecem essa tutela especializada prestada pelo Ministério Público. Uma defesa irrestrita englobando silvestres, domésticos, domesticados, nativos ou exóticos. “Pouco importa, que sejam aves em risco de extinção, vacas leiteiras ou cães errantes”. E completa, “todos os animais têm direito a uma vida sem sofrimento. Considerando o cenário desolador que se vê em todo o país, em que os índices de crueldade são alarmantes, isso por si só já justificaria a criação de uma promotoria comprometida com o interesse dos animais”.

Em seu trabalho como promotor de justiça, Levai atua na área criminal, ambiental e agasalha a tutela jurídica dos animais. Especialista em bioética pela USP, é membro do Laboratório de Estudos Sobre a Intolerância, da mesma universidade.

Existe uma campanha que defende a criação da Primeira Promotoria Especializada em Defesa Animal no Estado de São Paulo. Levai está confiante no êxito desta iniciativa que representa um “grande avanço moral estender o conceito de dignidade a outros seres capazes de sentir e de sofrer”.

Continuação da matéria (uma entrevista com o promotor Levai):
http://www.anda.jor.br/?p=53686

Assine a petição para ajudar na criação da Promotoria: http://www.sentiens.net/index.php?option=com_petitions&view=petition&id=5

terça-feira, 23 de março de 2010

Agropecuária avança na próxima década

Entre uma queixa e outra contra a legislação ambiental do país, o Ministério da Agricultura aparece com números oficiais mostrando que a produção continua muito bem, obrigado. É isso o que demonstram relatórios divulgados pelo governo nesta quinta-feira.

Segundo os dados oficiais, a produção de grãos e de carnes deve crescer 37% nos próximos dez anos. No Mato Grosso, estado que costumeiramente está no topo das listas de desmatamento, estima-se que o cultivo de soja avance 55,6% no mesmo período. São dez milhões de toneladas a mais do grão e 2,46 milhões de hectares extras. E ainda tem quem fale que o Código Florestal, do jeito que está, inviabiliza o agronegócio no Brasil.

(05.03.2010)


E uma nota antiga, mas interessante, sobre a soja:

Soja é responsável direta pelos desmatamentos, diz estudo.

Já existiam fortes indícios de que a soja é um grande vetor de desmatamento na Amazônia. Após cruzarem dados de satélites, mapas de perda de cobertura vegetal e pesquisas de campo, cientistas do Brasil e dos EUA estimaram que entre 2001 e 2004 foram convertidos diretamente para áreas de sojicultura 5.400 km2 quadrados de floresta apenas no Mato Grosso.

Em artigo sobre o novo estudo, publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA e liderado por Douglas Morton, especialista em sensoriamento remoto da Universidade de Maryland, revela-se que é falsa a idéia de que o cultivo de soja se instala em áreas que foram desmatadas para pastagens. Segundo a pesquisa, o desmatamento para dar lugar aos grãos subiu 10% no período analisado, enquanto para dar lugar às pastagens houve um decréscimo de 12%. A destruição trazida pela soja é acelerada, faz uso intensivo de tecnologia e tem potencial de se espalhar para outras regiões da floresta

Os cientistas apontam ainda que as taxas de desmatamento estão diretamente relacionadas ao preço da commodity. Os períodos mais críticos foram em 2003 e 2004, época em que a cotação da soja estava mais alta. Leia abaixo o resumo do artigo:


PS: Esse post vai especialmente para Évellin, que comentou no post sobre o consumo de carne, falando sobre o plantio de soja e seus danos.

sábado, 20 de março de 2010

Lixo marinho elevou número de mortalidade de tartarugas em 2009


Vidas ameaçadas

A negligência com o lixo tem sido uma das principais causas da elevação do número de mortes de tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Somente entre janeiro e agosto deste ano, mais de 44% das tartarugas necropsiadas pela equipe do Projeto Tamar no litoral dos Estados do Ceará, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina morreram por causa da ingestão de lixo. O levantamento mostra que, das 192 tartarugas mortas, 80 tinham objetos em seu trato digestivo (estômago), principalmente plástico.
O levantamento feito pela equipe do Projeto Tamar dá conta de que, no ano passado, das 266 tartarugas necropsiadas, 65 foram encontradas com lixo no aparelho digestivo. Em 2007, 60 das 156 analisadas tinham objetos no estômago. Em 2006 os resultados de necropsias de tartarugas que estavam em reabilitação e acabaram morrendo, ou que foram encontradas mortas em três regionais do Tamar, demonstraram a gravidade do problema.
Em Ubatuba-SP, dos 70 animais necropsiados, em 2006, 20 tinham plástico em seu conteúdo gastrointestinal; no Espírito Santo, de 25 tartarugas, seis tinham plástico. Na Bahia, das 11 tartarugas necropsiadas, sete apresentavam o mesmo problema. Quanto à espécie, 24 eram verde (Chelonia mydas), oito de pente (Eretmochelys imbricata) e uma era cabeçuda (Caretta caretta).
Recentemente, uma televisão do Rio Grande do Sul noticiou que algumas tartarugas verdes tinham morrido depois da ingestão de lixo despejado no mar. Os dados mostram que esse tipo de episódio é recorrente em todo o litoral brasileiro, visto que as tartarugas não distinguem sacos plásticos de seus alimentos preferenciais. As espécies verde e de couro, por exemplo, não distinguem algas ou águas vivas, seus alimentos prediletos, do lixo.


Plástico forma maior parte do lixo marinho
Quando as tartarugas ingerem o lixo, o trato gastrointestinal não tem capacidade de digerir e o que não é alimento fica paralisado, as tartarugas têm a sensação de saciedade e param de se alimentar, explica um dos pesquisadores do Tamar, Gustave Lopez.
Apesar de um estudo realizado pelo Programa Ambiental da ONU (Unep, sigla em inglês) – lançado em 8 de junho deste ano, Dia Mundial dos Oceanos – mostrar que produtos plásticos são responsáveis pela maior parte do lixo marinho, Lopez informa que todo e qualquer lixo é prejudicial às tartarugas. “Elas podem ficar presas em restos de rede, em linhas ou em outros objetos que dificultam a natação e outras funções vitais, como a tomada de ar na superfície, levando o animal a óbito”, informa.
O lixo é uma das principais ameaças ao ecossistema marinho. Há anos as equipes do Projeto Tamar lutam para conscientizar turistas e pescadores de que garrafas, sacos, embalagens de comida, copos e talheres são os objetos que formam a maior parte do lixo encontrado no oceano.
Lopez diz que “pesquisas científicas mundiais comprovam que o lixo pode causar uma série de distúrbios no trato gastrointestinal das tartarugas, o que resulta no acúmulo de gases, no aumento do bolo alimentar ou ainda na baixa imunidade da tartaruga, o que facilita a ação de predadores ou a morte por desnutrição”, afirma.
O estudo da ONU indica que o verão é o período do ano em que se acumula a maior parte do lixo marinho produzido pelos turistas. Atualmente, o lixo produzido pelos turistas, somado ao produzido pela indústria pesqueira e outras atividades econômicas que usam o oceano como ambiente de trabalho, representa 675 toneladas de resíduos sólidos despejados, por hora, no mar. Desse total, 70% são de objetos de plásticos.
De acordo com a responsável pela Coordenação Nacional de Veterinária do Tamar no Espírito Santo, Cecília Baptisttote, no mundo inteiro, a cada um minuto, são descartados um milhão de sacos plásticos. Esse valor corresponde a 1,5 bilhão de sacos plásticos descartados por dia e mais de 500 bilhões por ano.
O Projeto Tamar vem trabalhando na sensibilização dos turistas e das pessoas com relação ao ambiente marinho. Com banners informativos instalados nos centros de visitantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade com dados sobre os problemas causados pelo lixo marinho, o Tamar trabalha na conscientização de turistas.
Segundo Lopez, “o grupo de crianças da comunidade que participa do programa de inclusão social do Projeto Tamar atua em atividades semanais com a temática do lixo. Além disso, os centros de visitantes contam com lixeiras para separação do lixo reciclável e são realizadas, também, palestras nas escolas do entorno da Praia do Forte”.


Comunidade mudou comportamento com ajuda do Tamar
A mudança de comportamento é visível nas comunidades próximas do Projeto Tamar, na Bahia. A implantação do sistema de coleta seletiva na base da Praia do Forte resultou na mudança de comportamento das pessoas diretamente envolvidas nas atividades do Tamar e entre suas famílias e amigos. Lopez assegura que a redução do lixo marinho só ocorrerá se houver esforço coletivo, “portanto, isso só será realidade se houver consciência daquele que frequenta ou usa a praia e o mar como ambiente de trabalho em descartar adequadamente os seus rejeitos, o lixo tende a diminuir”, explica.
Em 30 anos, o Projeto Tamar protegeu mais de sete milhões de tartarugas, mas, apesar de todo o esforço, elas ainda correm risco de extinção, por isso, “todo esforço para a preservação desses animais do ecossistema é válido”, diz Gustave Lopez. Cecília Baptisttote diz que “esse é apenas um dos problemas que ameaçam a vida desses animais”.
Segundo ela, dentre as principais causas de mortalidade de tartarugas marinhas está a pesca incidental, que mata principalmente indivíduos juvenis ou adultos em processo reprodutivo. “Esses últimos representando uma perda muito maior do ponto de vista biológico”, garante ela.
A iluminação artificial também é ameaça porque espanta as fêmeas que chegam às praias para desovar e desorienta os filhotes recém-nascidos, fazendo com que eles sigam para a direção oposta ao mar, onde acabam sendo atropelados ou morrem desidratados. Isso, sem contar a predação natural”, informa Baptisttote.
(21 de janeiro de 2010)
Fonte: EcoAgência

quinta-feira, 18 de março de 2010

Terra é incapaz de acompanhar ritmo atual de consumo de carnes e pescado


No topo absoluto da cadeia alimentar, os seres humanos se dão ao luxo de comer de tudo, mas a um preço elevado: a pesca massiva está levando as espécies marinhas à extinção, e a piscicultura polui a água, o solo e a atmosfera - o que precisa fazer com que mudemos de hábitos.

Alimentar a humanidade - nove bilhões de indivíduos até 2050, segundo as previsões da ONU - exigirá uma adaptação de nosso comportamento, sobretudo nos países mais ricos, que precisarão ajudar os países em desenvolvimento.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), publicado nesta quinta-feira, a produção mundial de carne deverá dobrar para atender à demanda mundial, chegando a 463 milhões de toneladas por ano.

Um chinês que consumia 13,7 kg de carne em 1980, por exemplo, hoje come em média 59,5 kg por ano. Nos países desenvolvidos, o consumo chega a 80 kg per capita.

"O problema é como impedir que isso aconteça. Quando a renda aumenta, o consumo de produtos lácteos e bovinos segue o mesmo caminho: não há exemplo em contrário no mundo", destacou Hervé Guyomard, diretor científico em Agricultura do Instituto Nacional de Pesquisa Agrônoma da França (INRA), responsável pelo relatório Agrimonde sobre "os sistemas agrícolas e alimentares mundiais no horizonte de 2050".

Atualmente, a agricultura produz 4.600 quilocalorias por dia e por habitante, o suficiente para alimentar seis bilhões de indivíduos.

Deste total, no entanto, 800 se perdem no campo (pragas, insetos, armazenamento), 1.500 são dedicadas à alimentação dos animais - que só restituem em média 500 calorias na mesa - e 800 são desperdiçadas nos países desenvolvidos.

Por outro lado, o gado custa caro ao meio ambiente: 8% do consumo de água, 18% das emissões de gases causadores do efeito estufa (mais que os transportes) e 37% do metano emitido pelas atividades humanas.

E, mesmo que seja fonte essencial de proteínas, a carne bovina não é "rentável" do ponto de vista alimentar: "são necessárias três calorias vegetais para produzir uma caloria de carne de ave, sete para uma caloria de porco e nove para uma caloria bovina", explicou Guyomard.

Desta maneira, mais de um terço (37%) da produção mundial de cereais serve para alimentar o gado - 56% nos países ricos - segundo o World Ressources Institute.

Seria o caso, então, de reduzir o consumo de carne e substitui-lo pelo peixe?

Os oceanos não podem ser considerados uma despensa inesgotável, estimou Philippe Cury, diretor de pesquisas do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD).

O número de pescadores é duas a três vezes superior à capacidade de reconstituição das espécies.

No atual ritmo, a totalidade das espécies comerciais haverá desaparecido em 2050.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4281337-EI294,00-Terra+e+incapaz+de+acompanhar+ritmo+atual+de+consumo+de+carnes+e+pescado.html

quarta-feira, 17 de março de 2010

HISTÓRIA DAS RPPN




RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL - RPPN

Desde o antigo Código Florestal de 1934, já estava previsto o estabelecimento de áreas particulares protegidas no Brasil. Nesta época, estas áreas eram chamadas de “florestas protetoras’. Tais “florestas” permaneciam de posse e domínio do proprietário e eram inalienáveis. Em 1965, foi instituído um novo Código Florestal e a categoria “florestas protetoras” desapareceu, mas ainda permaneceu a possibilidade do proprietário de floresta não preservada, nos termos desse novo Código, gravá-la com perpetuidade. Isso consistia na assinatura de um termo perante a autoridade florestal e na averbação à margem da inscrição no Registro Público.
Em 1977, quando alguns proprietários procuraram o IBAMA desejando transformar parte de seus imóveis em reservas particulares, foi editada a Portaria 327/77, do extinto IBDF, criando os Refúgios particulares de Animais Nativos – REPAN, que mais tarde foi substituída pela Portaria 217/88 que lhes deu o novo nome de Reservas Particulares de Fauna e Flora.
Com essa experiência mostrou-se a necessidade de um mecanismo melhor definido com uma regulamentação mais detalhada para as áreas protegidas privadas. Assim, em 1990, surgiu o Decreto nº 98.914 regulamentando esse tipo de iniciativa que, em 1996, foi substituído pelo Decreto nº 1.922, sendo que, em 2000, com a nova lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservação – SNUC, as RPPN passaram a ser considerada unidade de conservação, integrante do grupo de uso sustentável.


AS RPPN SÃO IMPORTANTES PARA A CONSERVAÇÃO PORQUE:
· Contribuem para uma rápida ampliação das áreas protegidas no país;
· Apresentam índices altamente positivos na relação custo/benefício;
· São facilmente criadas;
· Possibilitam a participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação;
· Contribuem para a proteção da biodiversidade dos biomas brasileiros.


BENEFÍCIOS ASSEGURADOS COM A CRIAÇÃO DA RPPN
· Direito de propriedade preservado;
· Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área criada como RPPN;
· Prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA;
· Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros;
· Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da RPPN

segunda-feira, 15 de março de 2010

Não há vida que sobreviva (Corais e sua importância) Greenpeace


Os oceanos começam o ano com uma grande matéria no jornal O Estado de São Paulo. Apesar da baixa cobertura de imprensa que nossos mares recebem normalmente e da baixa atenção política e da sociedade civil sobre o estado dos oceanos no Brasil e no mundo, esse ano ele começam com destaque na imprensa nacional (essa só para assinantes).

A matéria, descreve os impactos que o aquecimento global traz para o fundo dos mares, principalmente para os recifes de corais, o que acaba desencadeando uma série de problemas para a biodiversidade marinha.

Algumas áreas recifais do Brasil já sentem esse impacto apresentando evidências de acidificação e branqueamento de corais, como por exemplo na região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos – a maior área recifal do Atlântico Sul.

O que ficou faltando dizer na matéria foi o importante papel que os oceanos desempenham como sumidouros de CO2 – um dos gases de efeito estufa. Cobrindo 70% da superfície do planeta, eles são responsáveis por absorver até ¼ do CO2 emitido pelas ações humanas. Infelizmente, esse papel pode estar sendo prejudicado devido a alta emissão de gás carbônico e também devido ao descaso de políticas públicas e da sociedade civil em proteger e manter limpo nosso mares. Afinal, são eles que contribuem na regulação do clima do planeta e prestam diversos serviços ambientais, além é claro do lazer, locomoção e alimentos.

Fonte: http://www.greenblog.org.br/?tag=oceanos&paged=2


Os recifes de coral são estruturas calcárias que cresceram ao longo de milhões de anos, sendo a sua superfície recoberta pelos corais (pólipos) e micro algas que permeiam seu tecido (zooxantelas), formados principalmente nas regiões tropicais mais rasas do oceano.
Os recifes de coral e as regiões coralíneas em geral apresentam uma biodiversidade de grande variedade e rica em vida. Abrigam aproximadamente 25% da vida marinha e representam um importante elo não só na cadeia alimentar como na harmonia da vida marinha.
Em algumas regiões os recifes de coral servem de barreira para evitar a erosão da costa pelas ondas do mar.
Levantamentos publicados indicam que mundialmente temos dezenas de milhões de pessoas nas regiões litorâneas que vivem da atividade pesqueira e que esse número passa para centenas de milhões se considerarmos também a atividade turística.
O grande pulmão da Terra, responsável pela produção de 70% do oxigênio que respiramos, é representado pelas plantas existentes no oceano, sejam na forma de fitoplânctons, leitos de grama marinha e de macro ou micro algas encontradas principalmente nos ambientes coralíneos.
O Oceano que cobre 3/4 da superfície da Terra é um grande reprocessador do CO2 de nossa atmosfera. A morte dos corais e suas algas, causada pelo branqueamento, reduz esta capacidade e aumentam a acidificação do oceano.
Fonte: www.sobrevivenciadoscorais.com.br

domingo, 14 de março de 2010

Espécies brasileiras ameaçadas

foto: Ararajuba


Publicação aponta 627 espécies da fauna brasileira que estão em risco de extinção.

No fim de 2009, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês) divulgou a nova edição da The IUCN Red List of Threatened Species, conhecida como livro vermelho, relação que indica as espécies mais ameaçadas do planeta. A lista conta com 47,6 mil espécies das quais quase 18 mil correm risco de extinção.

A avaliação é feita desde 1966 por especialistas de todo o mundo, que fazem um levantamento dos dados científicos disponíveis sobre cada espécie em todos os locais em que é encontrada. Posteriormente, esses dados são separados por país. A lista traz informações relacionadas à disposição geográfica, aspectos biológicos e ambientais das espécies.

A versão nacional desse trabalho, o Livro Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, lista 627 espécies do país. De acordo com Adriano Paglia, biólogo da Conservação Internacional do Brasil (CI) e um dos editores do livro, o levantamento de espécies ameaçadas foi feito pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Fundação Biodiversitas em 2003, com colaboração da CI, e tem sido atualizado anualmente.

Entre as maiores ameaças à fauna brasileira estão o desmatamento, o avanço das áreas de agricultura e pecuária, o tráfico de animais, o crescimento das áreas urbanas e a construção de hidrelétricas. Veja a seguir algumas das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção:

. Ararajuba: A espécie habita principalmente as florestas de terra firme nos estados do Maranhão e do Pará, no chamado "arco do desmatamento da Amazônia". É normalmente observada nas copas das árvores e se alimenta de uma grande variedade de frutos, cocos, flores e sementes. Com sua plumagem amarelo-dourada e verde, a ararajuba é considerada uma das aves mais bonitas do país - e, por isso, um dos alvos preferidos do tráfico de animais silvestres. Geralmente, as aves são retiradas ainda filhotes, mas já foi registrada a captura de animais adultos.

.Gato-maracajá: O pequeno felino também é conhecido como gato-peludo ou maracajá-peludo. É extremamente ágil, podendo até descer uma árvore de cabeça para baixo, mas geralmente se desloca pelo solo, para caçar mais facilmente, mas pode ser encontrado em áreas abertas, como o cerrado e o pantanal. Originalmente, o gato-maracajá ocorria em todo o leste do brasil, com exceção da caatinga. No nordeste, praticamente desapareceu com a destruição da Mata Atlântica e hoje é encontrado apenas em partes do Sul da Bahia. O gato-maracajá também é alvo do tráfico de animais silvestres, especialmente na Região Norte do país.

.Pato-mergulhão: Uma das aves aquáticas mais ameaçadas em todo o mundo, o pato-mergulhão é naturalmente raro, com população pequena, e ainda sofre a perda do seu habitat com a construção de hidrelétricas, a poluição das águas e atividades de mineração, agricultura e pecuária às margens dos rios. A espécie precisa de grande territórios lineares - cerca de 10km - em rios limpos com correnteza e cercados por florestas. É encontrada principalmente nas regiões dos parques da Serra da Canastra (MG), da Chapada dos Veadeiros (GO) e do Jalapão (TO) e no Alto Paranaíba (MG). O pato-mergulhão é sedentário, altamente territorial e arredio, afastando-se ao menor sinal de perturbação. Também é monogâmico e vive aos pares ou em pequenos grupos familiares.

.Muriqui-do-norte: É o maior primata das Américas e o maior mamífero endêmico da Mata Atlântica brasileira. A espécie é encontrada em regiões dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Os muriquis se alimentam principalmente de folhas, frutos, flores e outras partes vegetais, como cascas de árvores, brotos de bambu e néctar.
Utilizam vários tipos de habitats florestais e se deslocam de acordo com a disponibilidade de itens preferidos da dieta. A espécie é considerada criticamente em perigo, ameaçada, principalmente, pela caça indiscriminada e pelo desmatamento.

.Cervo-do-pantanal: A espécie era encontrada originalmente por todo o pantanal e em áreas de várzea dos principais rios brasileiros, com exceção do Amazonas, e sofreu uma redução populacional intensa no século 20. O cervo-do-pantanal precisa de áreas de várzea para sobreviver: a água o ajuda a combater o calor, as matas ciliares proporcionam alimento durante todo o ano e abrigo contra seu principal predador, a onça. Mas a espécie não conseguiu escapar do avanço das cidades, das áreas de agricultura e pecuária e, mais recentemente, das inundações para a formação dos lagos das usinas hidrelétricas. Além disso, também sofre com as doenças introduzidas por bovinos domésticos, como a febre aftosa.

Fonte: Revista Horizonte Geográfico, edição n° 127, ano 23.

sábado, 13 de março de 2010

Campanha Liderança Climática 2020


STATE OF THE WORLD FORUM

O aquecimento global atingiu seu ponto de crise. Sem os devidos cuidados, o aumento da temperatura global irá causar a elevação dos oceanos, ameaçando todas as cidades costeiras, desabrigando centenas de milhões de pessoas e destruindo milhares de espécies. Temos cerca de dez anos, no máximo, para agir antes que as forças naturais se manifestem de forma que a capacidade humana não possa mais controlar os eventos naturais.

Não se engane: Isto definitivamente terá um impacto em você e em seus filhos.

A urgência do aquecimento global exige que cada um de nós se torne um líder em clima. Pela primeira vez em nossas vidas, na verdade, pela primeira vez na história, todos nós devemos assumir responsabilidade quanto ao nosso clima, tanto no plano individual como em comunidades, empresas, instituições, estados e nações. Somos todos responsáveis pelo aquecimento global, temos todos que participar da liderança necessária para resolver este problema, por nada mais nada menos que o destino da civilização humana. A crise é grave, a escolha é clara e a liderança é urgente.

Se enfrentarmos este desafio e assumirmos a liderança, vamos gerar prosperidade e justiça climáticas, pois, é exatamente a capacidade para resolver nossa maior crise que nos oferece nossa maior oportunidade de crescimento dentro do contexto de sustentabilidade e de alinhamento com os sistemas naturais.

A Campanha Liderança Climática 2020 é projetada para capacitar você a agir, unir-se a outras pessoas na mesma causa; e criar modelos de liderança climática em todo o mundo. Estes modelos irão mostrar como reduzir as nossas emissões de carbono em 80% até 2020, o que é essencial para reverter o aquecimento global.

Esta pode ser a campanha mais importante da qual você já participou.

Seu futuro e o destino da nossa civilização estão em jogo. Por favor, junte-se a nós. Cada pessoa faz diferença.

http://www.worldforum.org/BR-2009conference-overview.htm

sexta-feira, 12 de março de 2010

Hora de escolher: elefantes ou marfim‏. ASSINE A PETIÇÃO!


Esta semana dois países estão buscando acabar com a proibição do comércio de marfim - uma decisão que pode exterminar a população de elefantes e colocar estes animais mais próximos da extinção.
No entanto, muitos países africanos e conservacionistas querem prorrogar a proibição deste comércio cruel. A decisão será tomada durante a reunião da ONU em Doha, no dia 13 março e a opinião pública global pode influenciar esta decisão.

Assine a petição usando o link:
http://www.avaaz.org/po/no_more_bloody_ivory/?vl

terça-feira, 9 de março de 2010

VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando as pessoas a analisarem criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que:
A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital;
As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;
É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.

Princípios gerais da Educação Ambiental:
· Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;
· Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
· Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
· Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
· Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.

A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.
Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente imediato.

Texto de Osho, sobre a natureza


"Qual a necessidade de tantas flores no mundo? Apenas rosas bastariam…

Mas a existência é farta – milhões e milhões de flores, milhões e milhões de pássaros, milhões de animais – tudo em abundância…

A natureza não é ascética, ela está dançando em toda a parte – no oceano, nas árvores. Está cantando em toda parte – no vento passando através dos pinheiros, nos pássaros…

Qual a necessidade de milhões de sistemas solares, qual a necessidade de cada sistema solar ter milhões de estrelas?

Parece que não há necessidade, exceto que a abundância é a própria natureza da existência, que a riqueza é a sua própria essência… que a existência não acredita em pobreza.

Só o ser humano acredita em pobreza e por isso sofre…


Vive na inconsciência, completamente ignorante a respeito de sua origem divina… nasceu para viver na mesma abundância das flores, das plantas e dos pássaros… É filho do Infinito, mas se comporta como mendigo, encoberto pela própria escuridão…

Você é aceito pelo sol, você é aceito pela lua, você é aceito pelas árvores, você é aceito pelo oceano, você é aceito pela terra.

O que mais você quer?

Você não existe separado da natureza, somos um só… uma única energia! Você é aceito por todo esse universo. Deleite-se nele!

Assim como tudo na natureza, você é um ser absolutamente sagrado!

Você nasceu para as grandes alturas. Voe sem medo, porque você é o INFINITO!"

(Osho - mestre indiano)