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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Importância das áreas protegidas na Amazônia


Estudo mostra importância de áreas protegidas na redução de emissões
27 Maio 2010

"Foi divulgado ontem artigo científico que demonstra que as áreas protegidas (APs) da Amazônia são efetivas para reduzir a emissão de carbono para a atmosfera, por desmatamento evitado. O artigo, preparado por pesquisadores brasileiros e americanos, foi publicado no prestigioso periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

De acordo com a pesquisa, as áreas protegidas – que englobam as terras indígenas, as unidades de conservação de uso sustentável e as unidades de conservação de proteção integral – abrigam 54% das florestas remanescentes da Amazônia Brasileira. Para definir o quanto as APs contribuem para impedir a emissão do carbono armazenado na floresta para a atmosfera, os pesquisadores analisaram os efeitos de cada uma das 595 áreas protegidas da Amazônia sobre o desmatamento. A conclusão é que, entre 1997 e 2008, o conjunto de APs demonstrou efeito de inibição do desmatamento. Das áreas protegidas criadas depois 1999, 115 se mostraram efetivas imediatamente após terem sido decretadas.

Ainda de acordo com o artigo, a recente expansão do número de áreas protegidas na Amazônia foi responsável por 37% do total de redução de 13,4 mil km² no desmatamento entre 2004 e 2006. É importante registrar que, nesses casos, não houve vazamento, ou seja, a criação de novas APs não desviou o desmatamento para outros lugares, e sim evitou de fato que novas áreas fossem desmatadas.

As estimativas do estudo apontam que, além das APs, mudanças no ciclo econômico contribuíram com 44% da redução do desmatamento na Amazônia, enquanto 18% podem ser atribuídos a outros fatores, como fiscalização mais intensiva pelo governo federal. Essas projeções foram feitas a partir de um modelo econométrico de previsão do desmatamento com base nas mudanças das condições socioeconômicas.

Potencial de evitar emissões
De acordo com este estudo, os cientistas calculam que as APs da Amazônia, se plenamente implementadas, poderiam evitar a emissão de 8,0 (±2,8) bilhões de toneladas de carbono até 2050.

No entanto, implementar as 595 áreas protegidas já existentes representará um custo considerável para o Brasil, calculado em cerca de US$ 147 bilhões. Esse valor compreende os investimentos necessários para a consolidação das APs e os lucros que o país deixará de obter ao abrir mão de atividades econômicas na região até 2050.

As florestas tropicais, entre elas a Amazônia, exercem um papel crucial no sistema climático mundial, por armazenar grandes quantidades de carbono. Por essa razão, os pesquisadores afirmam que o custo de manutenção das áreas protegidas brasileiras deveria ser parcialmente compensado por um acordo internacional de clima que inclua incentivos para países tropicais que reduzam suas emissões de carbono por desmatamento e degradação florestal.

O estudo foi elaborado por 12 pesquisadores ligados a: Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; The Woods Hole Research Center; WWF-Brasil; e Gordon and Betty Moore Foundation."

Fonte: http://www.wwf.org.br/?25200/Estudo-mostra-importncia-de-reas-protegidas-na-reduo-de-emisses

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Busca por patrocínio

Este será um post diferente do qual costumo fazer aqui no blog.

Irei esclarecer o que está sendo feito pelo nosso projeto.
Como já disse na descrição, nosso projeto é um documentário ecológico que mostrará as iniciativas de proteção ambiental realizadas em vários pontos de relevância do Brasil.

Estamos na fase de busca por patrocínio, há uns meses. Já contatamos e enviamos o nosso projeto para diversas empresas (a maioria ligada ao desenvolvimento sustentável), mas ainda não conseguimos quem nos desse patrocínio, por isso, continuamos na busca por outras empresas.
Quem tiver interesse ou puder ajudar de alguma forma, entre em contato comigo, através do blog, ou do nosso twitter (https://twitter.com/fortesmotivos), ou do meu e-mail: rayanne_rocha_n@hotmail.com .

Precisamos de patrocínio para a realização do nosso documentário.

Hoje, mais do que nunca, as pessoas estão preocupadas com a proteção da natureza, estão tomando conhecimento das consequências das nossas atitudes para o meio ambiente; as empresas também estão cada vez mais ligadas a esse assunto, muitas realizam suas atividades todas nos padrões do desenvolvimento sustentável.
Por isso, acreditamos na importância do nosso projeto.
E buscamos quem pensa desta forma, quem acredite em nós e nos dê essa oportunidade de mostrar que nosso filme é um trabalho sério e de grande importância. Precisamos de apoio e de quem nos torne possível produzir nosso filme.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Entenda a ligação entre a tragédia ambiental no Golfo do México e o consumo de carne



Vazamento de petróleo está ligado aos nossos hábitos alimentares

Depois da trágica explosão de plataformas petrolíferas na costa do golfo e do derramamento de óleo resultante, que continua a se espalhar, muitas pessoas estão procurando respostas. Como é que este desastre ocorre – e como podemos evitar que catástrofes semelhantes se repitam no futuro? A culpa pode estar na escolha que fazemos quanto ao que colocar em nossos pratos.
Mais de um terço dos combustíveis fósseis produzidos nos Estados Unidos é usado para criar animais explorados e destinados ao consumo humano. Enormes quantidades de grãos e soja são cultivados para a alimentação destes animais e são transportados para processadores em caminhões de 18 rodas, que de maneira assustadora consomem combustível e poluem.
Mais energia é então utilizada ao operar os feed mills (processo e/ou uma combinação de processos utilizados para produzir um alimento processado para animais) e fazendas de animais, além do transporte dos animais para abate, por longas distâncias, na operação dos matadouros e mais.
É preciso cerca de 10 vezes mais combustíveis fósseis – sem contar a significante necessidade de muito mais terra e água – para produzir carne que produzir alimentos veganos. A produção de carne é, também, uma das principais fontes de poluição da água nos Estados Unidos. Todos nós podemos ajudar a frear o apetite dos Estados Unidos por petróleo, conservar recursos e reduzir a poluição, aderindo à alimentação vegana. Para saber mais, visite www.GoVeg.com.

Fonte: http://www.anda.jor.br/?p=61334 http://www.thenewsstar.com/article/20100508/OPINION03/5080313

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nossas amigas: as baleias!


"A natureza é mesmo perfeita, não?
Essa notícia é um grande exemplo disso. Tudo no planeta Terra está ligado ao equilíbrio e tem uma importância muito maior do que possamos imaginar. E tudo tem ligação a outros aspectos. Por isso o desequilíbrio ambiental é uma das maiores tragédias que podem existir. Alterar um aspecto de um bioma é alterar o bioma inteiro.
Para exemplificar isso, vamos revelar a importâncias das fezes das baleias.
Fezes??? Como isso é importante? Vocês podem estar pensando isso… (Confesso, eu também pensei assim…)
As fezes da baleia aumentam a capacidade dos oceanos em absorver CO2. Os excrementos das baleias são também ótimos fertilizantes para as plantas marinhas, pois são ricos em ferro. E isso graças a alimentação das baleias, compostas basicamente de krill, pequenos crustáceos ricos em ferro.
À partir dessa poderosa fertilização, as plantas marinhas crescem mais rápido e ficam aptas a absorverem mais CO2.
Cientistas dizem que os oceanos são pobres em ferro e as fezes das baleias contém uma concentração muito elevada, contribuindo muito para o meio ambiente marinho.
A pergunta que fica é: O que será que os cientistas estão preparando com essa informação?
E você, se fosse cientista, o que faria com essa informação?"


Fonte: http://blog.eco4planet.com/

domingo, 9 de maio de 2010

Nível do mar na costa brasileira sobe 4 milímetros por ano


04/05/2010 - Autor: Paulo Roberto Andrade - Fonte: Agência USP

Segundo dados coletados em portos ao longo da costa brasileira, o nível do mar está aumentando no Brasil cerca de 40 centímetros (cm) por século, ou 4 milímetros (mm) por ano (mm/ano). A constatação é do Laboratório de Marés e Processos Temporais Oceânicos (Maptolab) do Instituto Oceanográfico (IO) da USP que investiga as variações no nível do mar no litoral brasileiro, a partir de séries de medições que começaram em 1980. As análises dos dados são feitas por médias de variações diárias, médias sazonais e médias anuais do nível do mar, que permitem estimar a variação local de longo prazo.

O professor Afranio Rubens de Mesquita, pesquisador do Maptolab, explica que as medições de nível do mar dependem de um conjunto de variáveis tais como: a variação do volume de água doce presente no mar decorrente do degelo; a variação da salinidade da água; a variação de temperatura decorrente do aquecimento global; a variação vertical da crosta em relação ao centro da Terra; a variação devido aos ventos e outros fenômenos atmosféricos; a variação oceanográfica decorrente das ondas e correntes oceânicas; a variação astronômica, devido ao Sol e a Lua (marés) e o posicionamento das órbitas dos planetas (causador das Glaciações) em relação à Terra, entre outras variáveis.

As medições do nível do mar da Costa Brasileira são feitas em estações permanentes distribuídas ao longo da costa por diferentes instituições: Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Diretoria e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o IO, que realiza, além das medições permanentes nas estações de Cananéia e de Ubatuba, no litoral Sul do Estado de São Paulo, medições de caráter não permanente em oceano profundo, ao longo da plataforma continental.

As medições feitas pela equipe do professor Mesquita na região de Cananéia, e publicadas em 2009, mostram um movimento de afundamento vertical da crosta na ordem de 0,11 cm por ano. Isso faz com que o nível do mar suba em relação à crosta a 0,38 cm por ano. “A variação de 0,38 cm por ano é preocupante e ameaça as praias, talvez, de toda a costa brasileira”, explica o pesquisador.

Outras séries de medições de nível do mar ao longo do litoral brasileiro indicam a mesma tendência de elevação de uma média de 40 cm por século, ou 4 mm por ano, que é mais evidente a partir dos anos 1960.
Dados anuais na costa brasileira indicam um aumento do nível do mar de 40 cm/século.

Sessão Capricórnio

O professor enumera várias dificuldades para se fazer essas medições em caráter global. Uma delas são as poucas estações de medições que há no hemisfério sul e os poucos recursos financeiros, que não permitem que medições de salinidade e de variação da temperatura da água sejam feitas ao longo da profundidade oceânica. Com essas medições seria possível estimar a razão com que, na atualidade, se dá a incorporação de água doce na região decorrente do degelo polar.

Para isso, o professor explica que é necessária a medição anual, durante um período mínimo de dez anos, na chamada Sessão Capricórnio, que é um conjunto de estações oceanográficas ao longo de uma radial oceânica (a partir de Santos até 500 quilômetros [Km] fora da costa), que permite a realização de medições ao longo da profundidade dos oceanos durante os dez anos do programa. “Não há dinheiro para que façamos essas medições todo ano e de forma contínua. Nossos pedidos de recursos junto a órgãos financiadores são constantemente negados, e isso atrasa o andamento e a qualidade das nossas medições e pesquisas sobre as variações do mar”, lamenta o professor.

“Estas medições profundas em mar aberto são mais limpas, livres de interferências geradas pelas correntes de marés junto à costa. Em comparação com medições feitas na costa, elas permitem o estudo mais acurado das componentes periódicas de natureza ‘astronômica’, que são ainda um grande enigma da Física nos dias de hoje”, explica o pesquisador.

Fonte: http://www.carbonobrasil.com/#

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mico-leão-dourado: o mascote da conservação da biodiversidade


O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) chama a atenção pela cor vibrante de seus pelos, que varia de dourado a vermelho-dourado. Assim como outros micos e saguis da família Callitrichidae, seu pequeno porte, sua longa cauda e sua agilidade fazem do mico-leão-dourado um dos mais simpáticos animais da nossa fauna.

Ele vive cerca de oito anos, tem hábitos diurnos e, à noite, dorme em ocos de árvores ou emaranhados de cipós e bromélias. Se alimenta de frutos, animais invertebrados e pequenos vertebrados. Alguns estudos mostram que o mico-leão-dourado come mais de 60 espécies de plantas e, depois de digeri-las, ajuda a dispersar suas sementes pelo ambiente.

O mico-leão-dourado pode ser reproduzir uma ou duas vezes por ano e os períodos de reprodução vão de setembro a novembro e de janeiro a março. Não há diferenciação de cor e tamanho entre machos e fêmeas e, quando nascem os filhotes, tanto o pai quanto a mãe ajudam na criação.

Quase extinto

A imagem do pequeno primata de cerca de 60 centímetros de altura já correu o mundo e, desde os anos 70, é um dos símbolos da luta pela conservação da diversidade biológica. Isso porque o mico-leão-dourado está há muito tempo ameaçado de extinção.

A devastação da Mata Atlântica quase exterminou toda a população de micos-leões-dourados. Originalmente, a espécie era encontrada em todo o litoral fluminense, chegando até o Espírito Santo. Com a intensa ocupação da zona costeira no estado, acompanhada de extração de madeira e atividades agropecuárias, e a consequente destruição da mata, os micos estão agora confinados a cerca de 20 fragmentos florestais.

Apesar de serem pequenos, os micos-leões-dourados precisam de bastante espaço. Eles vivem em grupos de aproximadamente oito indivíduos, podendo chegar a 14, e cada grupo ocupa em média 110 ha.

Os pesquisadores afirmam que, para o mico-leão-dourado sair da lista de espécies ameaçadas de extinção, é preciso que, até 2025, haja cerca de 2.000 indivíduos vivendo soltos, em uma área de 25.000 ha de florestas. Atualmente, as populações selvagens não somam nem 1.000 indivíduos, que estão espalhados em remanescentes de florestas que, em sua maioria, não passam de 1.000 ha.

Trabalho de conservação

A história das ações de recuperação da população de micos-leões-dourados confunde-se com a história do WWF-Brasil. Em 1971, quando a Rede WWF iniciou sua atuação no Brasil, o primeiro projeto da instituição foi apoiar os estudos sobre um até então desconhecido primata do Rio de Janeiro que estava ameaçado de extinção.

Esse trabalho pioneiro viria a se transformar no Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado, um dos mais bem-sucedidos do gênero no mundo, que há 30 anos vem sendo executado por um conjunto de organizações parceiras.

Diferentes estratégias são adotadas desde então para aumentar a população de micos-leões-dourados. Na década de 80, foi iniciada a reintrodução em ambientes naturais de grupos de micos nascidos em cativeiro, com resultados muito bons. Até o ano 2000, cerca de 150 animais haviam sido soltos na mata.

Além da reprodução em cativeiro, os pesquisadores também investiram na translocação de micos-leões-dourados, ou seja, eles retiram os animais que estão vivendo em fragmentos florestais muito pequenos e os levam para áreas maiores. Essas duas técnicas de manejo são muito importantes para ampliar a área de distribuição da espécie e para aumentar a sua variabilidade genética, o que reduz a vulnerabilidade da mesma a doenças ou destruição de determinados fragmentos.

A importância das unidades de conservação

As unidades de conservação, mais conhecidas pela sigla UCs, desempenham um papel fundamental para que os micos-leões-dourados deixem de correr risco de extinção. Para se ter uma ideia, as maiores populações da espécie encontram-se em UCs. As duas maiores estão na Reserva Biológica Poço das Antas e na Reserva Biológica União, ambas no Rio de Janeiro.

Neste Ano Internacional da Biodiversidade, é indispensável que o Brasil volte suas atenções para a proteção da Mata Atlântica, que abriga não só os micos-leões-dourados, mas muitas outras espécies endêmicas.

O compromisso do país com a Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas é proteger em unidades de conservação 10% da área original da Mata Atlântica. No entanto, os remanescentes desse bioma são tão poucos e pequenos, que nosso desafio atualmente é proteger integralmente todos os fragmentos de floresta que ainda restam.

Fonte: http://www.wwf.org.br/

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Por um mar sem fim


Dados do governo federal apontam que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se em algum nível de risco. Para evitar que esses níveis se agravem, é preciso desenvolver uma política nacional de conservação dos nossos mares que inclua a criação e implementação de Áreas Marinhas Protegidas e uma maior governança pesqueira, visando o fim da pesca ilegal e predatória.

O Brasil tem uma longa história de ligação com o mar. É na costa que se concentra a maior parte da nossa população e são nas praias que essa massa de pessoas se diverte nos fins de semana de sol. O que poucos imaginam é que este lazer está ameaçado. Mas quem precisa do mar para sobreviver – como os pescadores que capturam peixes cada vez mais pequenos – ou os cientistas que estudam a qualidade da água no nosso litoral, sabe muito bem que a ameaça é real.
Em 2007, o Greenpeace realizou uma pesquisa com mais de 40 especialistas, entre membros do governo, representantes de ONGs e pesquisadores acadêmicos. Todos foram unânimes em dizer que nossas águas estão se afogando em problemas por conta da gestão desordenada, da insuficiência de áreas protegidas capazes de repor nossos estoques pesqueiros e da vulnerabilidade dos oceanos às mudanças climáticas.
Esse estudo serviu de base para a criação da Campanha de Oceanos do Greenpeace, que tem com o objetivo primordial a criação de Áreas Protegidas em 30% da extensão da zona marítima sob jurisdição brasileira e conscientizar as pessoas sobre a relevância da conservação marinha.

Gestão desordenada
Atualmente, a gestão dos mares é disputada por três órgãos que raramente atuam de forma coordenada. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) é responsável pelo ordenamento costeiro e pela fiscalização da pesca. O Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) segue na contramão, pois sua função é justamente a de incentivar a exploração dos recursos pesqueiros. Ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobra a tarefa de zelar pela biodiversidade, coisa que por sinal ele não faz muito bem.
Menos de 1% da águas brasileiras, um colosso que se estende por 8.688 quilômetros de costa e se espicha por 200 milhas Oceano Atlântico adentro, está sob proteção. As três Áreas Marinhas Protegidas mais relevantes do país – a Reserva Biológica do Atol das Rocas e os Parques Nacionais de Abrolhos e Fernando de Noronha – foram criadas antes de 1988. É fundamental retomar a política de criação de reservas marinhas para repor os estoques de peixes e garantir a qualidade de um litoral cuja economia depende muito do turismo marítimo.
A pesca comercial não vem respeitando orientações que permitem a reposição dos estoques, como não ultrapassar cotas de captura, atuar somente com licenças de pesca, utilizar técnicas não predatórias, respeitar áreas e períodos de reprodução das espécies, além de tamanho mínimo dos indivíduos de cada espécie.
Presente em 71% da superfície da Terra, os oceanos são peça-chave para o equilíbrio do clima, das correntes marinhas, correntes de ventos e temperatura do planeta. Eles têm papel relevante na variação de temperatura e são sumidouros de carbono, capturando as emissões provocadas pela atividade humana de CO2, que contribuem para o aquecimento global. O problema é que a poluição e o uso predatório dos recursos marinhos podem desequilibrar essa função reguladora dos mares no clima, pondo em risco a vida marinha e os 2/3 da população mundial que vivem à beira-mar.
O que queremos
- Criação de áreas marinhas protegidas em 30% de nossas águas territoriais e, globalmente, para que o mundo destine 40% de suas águas oceânicas para reservas marinhas;
- Uma política nacional de oceanos marcada pela coordenação entre os órgãos responsáveis;
- Regulamentação definitiva da atividade pesqueira – incluindo a fiscalização contra técnicas de pesca predatórias como o arrasto;
– Conscientização da população sobre a conservação dos oceanos;
- Pressão sobre a diplomacia brasileira para que ela aja em fóruns internacionais no sentido de proteger a biodiversidade marinha global.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Oceanos/