Total de visualizações de página

http://www.eco4planet.com/pt/

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Custo de energia eólica caiu no Brasil



Agência Brasil – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que desde maio – quando o Brasil atingiu pela primeira vez 1 gigawatt por hora (GWh) de energia eólica – a geração só vem crescendo e atualmente os ventos estão produzindo 1,073 GWh.

O volume se aproxima do potencial da Usina Angra 2 (que tem capacidade de 1,35 GWh), e pode abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o aumento reflete a procura dos últimos anos por energia limpa, já que a força dos ventos é menos poluente que outras fontes. Isso fez com que os custos de geração, como a instalação e a compra de equipamentos diminuíssem, tornando a alternativa mais competitiva, segundo o diretor executivo da associação, Pedro Perrelli.

“A energia eólica não emite gás [do efeito estufa], não usa água doce nem para limpeza, nem para resfriamento, e a instalação de uma usina causa um impacto ambiental muito pequeno, que em dois ou três anos, é recuperado”, disse. “Essas preocupações se refletiram no aumento da procura, que barateou os preços, como ocorre com produtos eletrônicos”, completou.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estima que a comercialização de energia eólica nos leilões nos dois últimos anos, impulsionou o setor, que hoje é responsável por 1% da matriz energética brasileira. Segundo a EPE, as contratações fizeram com que a produção de energia gerada dos ventos saltasse de cerca de 30 megawatt por hora (MWh) para os atuais 1 GWh, entre 2005 e 2010.

Com a meta de ampliar ainda mais o percentual de fontes limpas na matriz, o governo aposta no crescimento do setor nos próximos dez anos. A meta do Plano Decenal de Expansão de Energia é que até 2020, quando o país deverá gerar cerca de 171 GWh, a participação da energia eólica na matriz suba para 7%, enquanto a oferta de energia hidráulica diminua de 76% para 67%.

Embora o preço da energia eólica vem se tornando mais competitivo ao longo dos anos, passando de uma média de R$ 160 para R$ 147 por MWh entre 2009 e 2010, o diretor da Abeeólica disse que, nos dias de hoje, a energia eólica só não é tão competitiva em termos de preço com o que é gerado nas hidrelétricas (R$ 95 por MWh). E defende que os sistemas sejam usados de forma complementar.

“É necessário [ter hidrelétricas] porque na época de mais chuva, é quando venta menos. E quando os rios estão mais vazios, é quando venta mais “, explicou Perreli. Porém, ressaltou que o impacto da instalação de uma usina eólica poder ser menor dentro de um terreno do que o de uma grande hidrelétrica, apontada também como fonte de energia limpa e renovável.

“Na área onde se explora o potencial eólico, a usina utiliza 3% da área, que não é desapropriada. Normalmente, é feito um contrato de aluguel com os donos, sejam índios, pescadores, quilombolas ou fazendeiros. Traz uma renda adicional que permite implementar o negócio”, disse.

Como crescimento do setor, para que os preços se tornem ainda mais competitivos, a associação defende que seja investido mais em linhas de transmissão adequadas.

Fonte:

http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/07/custo-de-energia-eolica-caiu-no-brasil/

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Empresa espanhola construirá três parques eólicos no Ceará



O estado do Ceará ganhará três novos parques eólicos com potencial para gerar 64 MW de energia. A construção e administração ficará a cargo da espanhola Abengoa, por 20 anos.

Por duas décadas a empresa deve cuidar da operação e manutenção, após construir os parques que devem gerar energia para 200 mil pessoas e evitar que 400 mil toneladas de CO2 sejam lançados na atmosfera.

A empresa não é nova por estas terras, já tendo projetos instalados no país há mais de 30 anos e sendo bastante reconhecida no setor de geração de energia renovável.

Se fosse uma hidroelétrica a planta estaria na 94ª posição em capacidade, portanto entre as “pequenas”. A energia gerada também será vendida à Aneel por um preço fixo assegurado por cada MWh gerado.

Fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/10/empresa-espanhola-construira-tres-parques-eolicos-no-ceara/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Biólogo faz alerta sobre as consequências do consumo de carne


Mais carne, menos água
Biólogo faz alerta sobre as consequências do consumo de carne11 de maio de 2011

Um dos principais reflexos da produção intensiva de carne se dá na água da região onde a pecuária existe. O problema é ainda maior quando se analisa a produção de alimentos para animais que depois vão para o prato das pessoas. A soja é um dos principais produtos utilizados em rações. O Mato Grosso é o estado que mais produz esse grão no país e uma pesquisa, realizada em algumas cidades produtoras de soja, “encontrou resíduos de agrotóxicos no sangue e urina de moradores e nos reservatórios de água e poços artesianos das regiões pesquisadas”, como indica Guilherme Carvalho. Ele concedeu a entrevista a seguir por telefone à IHU On-Line em que falou a respeito das consequências e alternativas para o consumo e para a produção de carne no mundo.

Guilherme Carvalho é biólogo e gerente de campanhas da Humane Society International – HSI no Brasil, uma ONG internacional de proteção animal.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como você relaciona a questão das mudanças climáticas com o consumo de carne?
Guilherme Carvalho – Há uma relação muito próxima entre a produção de alimentos de cultura animal e as mudanças climáticas. Segundo um relatório de 2006 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, 18% dos dados de efeito estufa emitidos por atividades humanas vem deste setor, da cultura animal. Isso vem de vários subsetores dentro da cultura animal, incluindo principalmente o uso de combustíveis fósseis nas propriedades, a utilização de fertilizantes para consumo de grão que vão virar ração animal, grandes quantidades de metano, o manejo, a destinação e o tratamento dos dejetos animais… Isso tudo junto soma, segundo os cálculos da FAO, 18% dos dados do efeito estufa que é comparável ou até mesmo superior a contribuição do setor de transporte.

IHU On-Line – Quanto o consumo de carne no mundo pode alterar o atual patamar das mudanças climáticas?
Guilherme Carvalho – Sem dúvida uma redução gradual do consumo per capita de produtos animais, principalmente em classes médias e emergentes, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento tem potencial, sim, de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Hoje, matam-se mais de 67 bilhões de animais terrestres por ano, somente para consumo de carne, leite e ovos. Este é um número astronômico.

Os Estados Unidos conseguiu, pela primeira vez em décadas, reduzir o número de animais que criam e abatem anualmente. Entre 2000 e 2009 reduziram de 10 bilhões para 9 bilhões, ou seja, ainda é um número enorme. Isto mostra que a redução do consumo de carne, que é uma questão que está sendo lentamente conquistada nos Estados Unidos, tem potencial de diminuir o número de animais e diminuir os impactos e mudanças climáticas.

IHU On-Line – Que tipo de movimentos existem hoje na luta pela diminuição do consumo de carne no mundo?
Guilherme Carvalho – Existem várias opções de estilos de vida que trazem a ideia de diminuir o consumo de carne. Há vegetariano ou vegano e também o flexitariano, como se tem chamado aquele que chega a reduzir 50% do consumo de carne. Nos Estados Unidos, há um movimento chamado WeekendVegetarian, ou seja, aquele que só come carne nos finais de semana. Há ainda um movimento conhecido por “Segunda sem carne”, que faz uma campanha internacional de grande potencial que está ganhando força no Brasil e pode ajudar a reduzir o nosso impacto no efeito estufa. Inclusive esta é uma das principais medidas que podemos empreender – junto com outras, é claro –, tal como reduzir o uso do transporte individual.

IHU On-Line – E o que o consumo de água tem a ver com o consumo de carne?
Guilherme Carvalho – Uma questão essencial de ser entendida na cadeia de produção de carne, leite e ovos, é a da convenção alimentar. Quando consumimos a carne de um animal que se alimentou durante a sua vida de alimentos de origem vegetal, estamos diminuindo a eficiência do uso daquele alimento de origem vegetal. Porque cada espécie tem uma taxa de conversão alimentar, ela come X quilos de alimento vegetal para produzir Y quilos de carne. No caso dos bovinos, essa taxa de conversão está na casa dos 7 a 10, ou seja, para cada 7 a 10 quilos de proteína vegetal ingerida, é gerado um quilo de proteína animal.

No caso dos frangos que vêm sendo geneticamente selecionados, isso está na casa dos 2 a 3 quilos ingeridos para um quilo produzido. Isso tem uma série de impactos inclusive sobre a água, porque significa que existe por trás da produção animal uma produção vegetal enorme, que está dedicada exclusivamente a alimentar estes animais de produção. Hoje, 97% da soja produzida no mundo é usada para alimentar animais. Além disso, polui muito água com o uso de fertilizantes e agrotóxicos. Este é um dos muitos componentes do impacto que temos da agricultura animal sobre a água, tanto que existe um estudo recente da Universidade Federal de Mato Grosso junto com a Fundação Osvaldo Cruz, que encontrou resíduos de agrotóxicos no sangue e urina de moradores e nos reservatórios de água e poços artesianos das regiões pesquisadas. Um deles é Campo Verde, um dos principais produtores de grãos no Mato Grosso, que é o maior produtor de soja no Brasil.

Foi verificado que 31% dos poços artesianos com resíduos de agrotóxicos e 40% das amostras de água de chuva estavam contaminados. Este é um exemplo de como a água pode ser afetada pela produção de carne. Pense que os animais produzem quantidades enormes de dejetos que são depositados em lagoas de dejetos; por exemplo, no caso da indústria de carne suína. Estes acabam quase sempre sendo despejados nos campos, sem tratamentos ou com tratamento mínimo, infiltrando-se nos lençóis freáticos e mananciais de águas.

IHU On-Line – Essa água utilizada na produção animal é descartada de que maneira? Ela pode ser recuperada?
Guilherme Carvalho – Ela não costuma ser descarta de maneira correta. Existe um estudo que apontou que uma grande quantidade de animais pode facilmente igualar-se a uma pequena cidade em termos de produção de dejetos. Existe uma iniciativa que pretende gerar combustível a partir dos gases destes dejetos animais, e, portanto, minimizar o impacto ambiental. Se os dejetos fossem tratados corretamente, teríamos alguma redução de impacto no meio ambiente, mas os custos seriam internalizados e tornariam os produtos animais mais caros.

IHU On-Line – Sendo o Brasil o país com maior porcentagem de água doce e, ao mesmo tempo, um dos maiores produtores de carne, como esse processo afeta o meio ambiente do país?
Guilherme Carvalho – Existem uma série de efeitos que a agricultura causa no meio ambiente, um deles é o despejo de dejetos animais, como dissemos antes. Além disso, temos outro dado que revela o quanto a produção de carne é prejudicial: hoje, a pecuária é, no Brasil, a maior causa de desmatamento na Amazônia. Água e floresta são coisas que andam muito juntos. Então, quando se suprem áreas de floresta, a água aproveitável do local está sendo perdida.

IHU On-Line – Como mudar essa lógica de produção?
Guilherme Carvalho – O primeiro processo é a conscientização do consumidor. É preciso consumir menos e o consumidor precisa se conscientizar a respeito da qualidade ética e ambiental dos produtos animais que ele consome. É a partir daí que podemos efetivar a pressão sobre o poder público. As políticas públicas também desde já precisam levar em conta o setor da agricultura animal porque ele tem que ser reconhecido como um causador e algum dos maiores impactos no meio ambiente brasileiro. Além disso, a pecuária é a maior utilizadora de terras.

IHU On-Line – Que outros hábitos alimentares humanos vêm interferindo no clima?
Guilherme Carvalho – A alimentação que reduz o consumo de carne é ambientalmente melhor. Mas não adianta reduzir o consumo de carne se comemos produtos que são importados, que vêm do outro lado do planeta. Consumir produtos orgânicos e da agricultura familiar e local é melhor também.

Fonte: http://www.anda.jor.br/2011/05/11/biologo-faz-alerta-sobre-as-consequencias-do-consumo-de-carne/

sábado, 5 de março de 2011

Governo discute proposta de flexibilização do Código Florestal



O governo estuda um projeto de lei para flexibilizar o Código Florestal de maneira que o plantio em áreas de preservação permanente para a agricultura familiar será liberado, excluindo qualquer anistia a desmatadores.
A proposta teve sua base elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente e vem sendo discutida com outras pastas.

A presidente Dilma, que durante a campanha prometeu não fazer anistia com desmatadores, colocou a ministra Izabella Teixeira para fazer ruralistas e ambientalistas se entenderem.

Todas essas medidas estão sendo tomadas por conta do infeliz projeto de lei do deputado Aldo Rebelo (PC do B – SP) que será votado no mês que vem. Esse projeto diz que áreas desmatadas até 2008 serão isentas de multa, por exemplo.

Os ruralistas dizem que a atual lei atrapalha a produção de alimentos e que criminaliza o setor. Por isso defendem a mudança imediata do código.

Há mais de um ano o decreto presidencial (de 2009), que determina multa para fazendeiros que não estiverem dentro da lei, está sendo prorrogado. Agora a data para entrar em vigor é 11 de junho.

O deputado Marcos Montes (DEM – MG) ainda disse que “Noventa e cinco por cento das propriedades brasileiras vão entrar na ilegalidade (caso nada mude até 11 de junho)”. E completou dizendo que a punição aos fazendeiros já está acontecendo, pois o Banco do Brasil já anunciou que só vai permitir financiamento para quem cumprir todo o código ou aderir ao programa Mais Ambiente, que o governo fez para quem quer se regularizar.

FONTE: http://eco4planet.com/blog/2011/02/governo-discute-proposta-de-flexibilizacao-do-codigo-florestal/

domingo, 16 de janeiro de 2011

PETIÇÃO contra a construção da Usina de Belo Monte


Belo Monte seria maior que o Canal do Panamá, inundando 100.000 hectares de floresta, expulsando 40.000 indígenas e populações locais e destruindo o habitat precioso de inúmeras espécies -- tudo isto para criar energia que poderia ser facilmente gerada com maiores investimentos em eficiência energética.

A pressão sobre a Presidente Dilma está aumentando: o Presidente do IBAMA acabou de renunciar, se recusando a emitir a licença ambiental de Belo Monte e expondo a pressão política para levar este projeto devastador adiante. Especialistas, lideranças indígenas e a sociedade civil concordam que Belo Monte é um desastre ambiental no coração da Amazônia.

As obras poderão começar logo. Vamos aumentar a pressão para Dilma parar Belo Monte!

Assine a petição, antes que as escavadeiras comecem a trabalhar -- ela será entregue em Brasília.
Link:https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?cl=909506043&v=8167

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Excesso de iluminação das cidades agrava poluição do ar, diz estudo


Posted: 23 Dec 2010 05:35 AM PST

O excesso de luz destrói a substância que quebra elementos químicos causadores da poluição / Foto: Cestomano

Uma pesquisa divulgada na última semana pela Administração Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) mostra que a poluição luminosa das grandes cidades pode aumentar os níveis de poluentes na atmosfera. As informações são da BBC Brasil.

O estudo foi apresentado durante a reunião da União Geofísica Americana, em São Francisco, e mostrou que a claridade que é lançada para o céu interfere em reações químicas que ocorrem durante a noite e ajudam a limpar o ar da fumaça dos carros e fábricas.

Essas substâncias poluentes jogadas na atmosfera formam uma mistura de moléculas que a natureza tenta eliminar. Para isso, ela utiliza o óxido de nitrogênio, que quebra esses elementos químicos.

Caso não sejam destruídas, essas substâncias formam poluição e ozônio, que transformam o ar da cidade em algo irritante para as vias respiratórias.

O problema, segundo os estudiosos, é que essa “limpeza” acontece durante a noite, já que o óxido de nitrogênio é destruído pela luz do Sol.

A nova pesquisa aponta que a energia de luzes que ficam acesas durante toda a noite nos grandes centros urbanos está eliminando a substância da atmosfera. Apesar de serem até 10 mil vezes mais fracas do que o Sol, as luzes artificiais podem causar sérios danos à atmosfera, afirmam os pesquisadores.

“Nossos primeiros resultados indicam que as luzes podem desacelerar a limpeza noturna em até 7% e elas também podem aumentar em até 5% os (elementos) químicos iniciais para poluição por ozônio no dia seguinte”, afirmou Harald Stark, do NOAA, à BBC.

Ele informou ainda que serão necessários novos estudos para quantificar os índices de ozônio que poderão estar no ar no dia seguinte. “Este trabalho será importante, pois muitas cidades estão perto de seus limites regulatórios em termos de níveis de ozônio. Então, até mesmo uma mudança pequena pode ser importante”, afirmou o cientista.

Soluções

Para limitar os impactos do efeito, Stark recomenda a substituição das lâmpadas utilizadas na iluminação pública das grandes cidades. A maioria utilizar lâmpadas de vapor de sódio ou halógenas.

A tecnologia mais indicada são luzes vermelhas, que afetam menos o óxido de nitrogênio. O problema, segundo Stark, é que poucas autoridades aceitariam utilizar esse modelos de lâmpadas na iluminação das cidades.

Uma alternativa mais simples e viável seria adequar a iluminação pública para mantê-la voltada para o chão. A prática é indicada por ativistas, que defendem que assim é possível evitar que o brilho das lâmpadas apague a luz das estrelas.

“Este efeito é mais grave no alto, no ar, do que diretamente no chão. Então, se você conseguir manter a luz apontada para baixo e não a quer refletida nos céus, para partes mais altas da atmosfera, então você certamente terá um efeito muito menor”, disse Stark.

Perigos da poluição luminosa

Essa não é a primeira vez que a poluição causada pelo excesso de luz é apontada como vilã do meio ambiente. Outros estudos já revelaram que o fenômeno pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora a fauna local.

Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama, além de prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa.

O excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos.

Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente. [EcoD]

Fonte: http://blog.eco4planet.com/

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Brasil apresenta limite inédito de emissões para 2020

BBC Brasil

Desmatamento é a principal causa de emissões de carbono do Brasil
O governo brasileiro anunciou uma projeção para 2020 das emissões totais de gases do efeito estufa do país, estabelecendo um teto inédito no mundo.
O país já havia anunciado as suas metas de redução de emissões em termos percentuais: 36,1% a 38,9%, abaixo das projeções para 2020. Faltava detalhar em termos absolutos o que isso significaria.
Este cálculo - que fixa o limite de emissões em 2020 em 3,236 gigatoneladas de CO2 equivalente (medida que expressa em CO2 o aquecimento potencial de outros gases do efeito estufa) - faz parte de um decreto-lei assinado na quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O número, que instrumentaliza o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, foi anunciado durante a reunião das Nações Unidas sobre o tema, em Cancún, no México.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comemorou a assinatura do documento, classificando-a de 'grande notícia'.
'Mostra que a gente vem negociar com a ação feita. Não é blá-blá-blá. Muita gente vem negociar, fala, fala, fala, mas não realiza', brincou.
Mercado de carbono
A decisão especifica limites individuais para os 12 setores que mais poluem, de forma que o Brasil fica obrigado a reduzir as suas emissões em cerca de 2 gigatoneladas nos próximos dez anos.
O decreto-lei exige que cada setor tenha estimativas anuais de suas emissões, e submeta relatórios trienais ao governo.
'É o início de um sistema de cap-and-trade no Brasil', disse Tasso Azevedo, consultor do Ministério do Meio Ambiente.
Isso quer dizer que os limites setoriais podem ser negociados entre as empresas de cada setor, criando créditos de carbono para aquelas que reduzirem as suas emissões, como já acontece na Europa, através do Emissions Trading Scheme (ETS).
Na prática, a nova lei institui a criação de um mercado de carbono semelhante ao europeu no Brasil.
'Espaço de carbono'
'O Brasil definiu seu espaço de carbono em 2020. Ao fazer isso, ele provoca outros países a mostrarem seu número', disse Azevedo.
Espaço de carbono é a expressão usada por especialistas para descrever o volume máximo de emissões de gases do efeito estufa.
Segundo Azevedo, em 2020, cientistas calculam que ele deveria ser de 40 gigatoneladas, de forma a evitar que o planeta entre em um ciclo de aquecimento de consequências catastróficas para o planeta.
Atualmente, o total de emissões gira em torno de 50 gigatoneladas.
Se todos os países tivessem estimativas de emissões para 2020, seria possível fazer um cálculo simples sobre a necessidade de cortes de emissões.