A safra de grãos deve registrar este ano recorde histórico de 143 milhões de toneladas. A soja segue como carro-chefe com safra estimada em 67,5 milhões de toneladas, um aumento de 18% em relação ao ano passado. E as previsões de crescimento não param por aí. Segundo a Organização Mundial de Comércio (OMC), o Brasil é hoje o terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas, com crescimento médio anual de 18,6% no volume exportado (cerca de US$ 61,4 bilhões).
Chuvas abundantes e aumento da área plantada, além de melhoria na produtividade, são os fatores apontados pelos analistas de governo como determinantes para essa safra histórica e que garantem também vantagem competitiva do país na escalada rumo ao topo no ranking dos exportadores. Mas nessa subida como ficam as questões ambientais?
No Mato Grosso, segundo maior produtor brasileiro, a área plantada de soja aumentou 7,3% em relação à safra passada, principalmente no nordeste (aumento de 19%) e noroeste do estado (14%) que inclui parte do bioma Amazônia. Ao mesmo tempo, dados do IMAZON mostram uma tendência de queda de 35% no desmatamento acumulado para o Mato Grosso entre agosto de 2009 a janeiro de 2010, comparado a 2008-2009, um indicativo de que sim é possível chegar ao topo sem desmatar. Para isso as operações do governo federal, aumento da fiscalização estadual e restrição de crédito nos municípios que mais desmatam são fundamentais. Assim como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta adotada pelo governo do Mato Grosso (e desde dezembro obrigatória para todos os demais estados do bioma Amazônia) que pode contribuir para construir esse novo cenário.
O CAR permite monitorar as propriedades rurais, sendo essencial para assegurar que as atividades produtivas aconteçam de maneira responsável e em adequação à legislação ambiental. Depois de cadastrada, a propriedade pode obter a LAU (Licença Ambiental Única) que indica sua regularidade ambiental. Até o final de 2009, 7.200 LAU estavam ativas no Mato Grosso, somando 19,9 milhões de hectares licenciados. Restam ainda 73 milhões de hectares (78%) de área aguardando regularização ambiental. Avançar no cadastro ambiental rural é também o desafio do Pará, atual líder no ranking do desmatamento.
Esse desafio, no entanto, deve ser também da indústria e dos bancos. As indústrias da soja e da carne já admitiram a importância do CAR ao assumir compromissos que tem no CAR a principal ferramenta de suporte para controle do desmatamento. Ao exigir e apoiar seus fornecedores no processo de cadastro, os setores da soja e da carne também atendem a demanda crescente do mercado por uma produção que não implica em desmatamento. Já os bancos respaldados desde 2008 pela resolução 3545 do Conselho Monetário Nacional precisam ampliar a aplicação dessa medida que dá crédito aos produtores regularizados.
Assim o agronegócio brasileiro chegará ao seu ponto de mutação e o Brasil ao topo conciliando produção e meio ambiente.
(12.03.2010)
Fonte: http://www.greenblog.org.br/
Chuvas abundantes e aumento da área plantada, além de melhoria na produtividade, são os fatores apontados pelos analistas de governo como determinantes para essa safra histórica e que garantem também vantagem competitiva do país na escalada rumo ao topo no ranking dos exportadores. Mas nessa subida como ficam as questões ambientais?
No Mato Grosso, segundo maior produtor brasileiro, a área plantada de soja aumentou 7,3% em relação à safra passada, principalmente no nordeste (aumento de 19%) e noroeste do estado (14%) que inclui parte do bioma Amazônia. Ao mesmo tempo, dados do IMAZON mostram uma tendência de queda de 35% no desmatamento acumulado para o Mato Grosso entre agosto de 2009 a janeiro de 2010, comparado a 2008-2009, um indicativo de que sim é possível chegar ao topo sem desmatar. Para isso as operações do governo federal, aumento da fiscalização estadual e restrição de crédito nos municípios que mais desmatam são fundamentais. Assim como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta adotada pelo governo do Mato Grosso (e desde dezembro obrigatória para todos os demais estados do bioma Amazônia) que pode contribuir para construir esse novo cenário.
O CAR permite monitorar as propriedades rurais, sendo essencial para assegurar que as atividades produtivas aconteçam de maneira responsável e em adequação à legislação ambiental. Depois de cadastrada, a propriedade pode obter a LAU (Licença Ambiental Única) que indica sua regularidade ambiental. Até o final de 2009, 7.200 LAU estavam ativas no Mato Grosso, somando 19,9 milhões de hectares licenciados. Restam ainda 73 milhões de hectares (78%) de área aguardando regularização ambiental. Avançar no cadastro ambiental rural é também o desafio do Pará, atual líder no ranking do desmatamento.
Esse desafio, no entanto, deve ser também da indústria e dos bancos. As indústrias da soja e da carne já admitiram a importância do CAR ao assumir compromissos que tem no CAR a principal ferramenta de suporte para controle do desmatamento. Ao exigir e apoiar seus fornecedores no processo de cadastro, os setores da soja e da carne também atendem a demanda crescente do mercado por uma produção que não implica em desmatamento. Já os bancos respaldados desde 2008 pela resolução 3545 do Conselho Monetário Nacional precisam ampliar a aplicação dessa medida que dá crédito aos produtores regularizados.
Assim o agronegócio brasileiro chegará ao seu ponto de mutação e o Brasil ao topo conciliando produção e meio ambiente.
(12.03.2010)
Fonte: http://www.greenblog.org.br/
PRA ESSA SAFRA DE 2010/2011 SERÁ OBRIGATORIO O CAR PARA A VANDA DE SOJA? E CASO SEJA TEM O MÍNIMO PARA O TAMANHO DA TERRA? ESTOU COM ESSA DUVIDA PODERIA ME RESPONDER NO E-MAIL MONIKARICARDO@HOTMAIL.COM!
ResponderExcluirDESDE JÁ AGRADEÇO