segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Excesso de iluminação das cidades agrava poluição do ar, diz estudo
Posted: 23 Dec 2010 05:35 AM PST
O excesso de luz destrói a substância que quebra elementos químicos causadores da poluição / Foto: Cestomano
Uma pesquisa divulgada na última semana pela Administração Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) mostra que a poluição luminosa das grandes cidades pode aumentar os níveis de poluentes na atmosfera. As informações são da BBC Brasil.
O estudo foi apresentado durante a reunião da União Geofísica Americana, em São Francisco, e mostrou que a claridade que é lançada para o céu interfere em reações químicas que ocorrem durante a noite e ajudam a limpar o ar da fumaça dos carros e fábricas.
Essas substâncias poluentes jogadas na atmosfera formam uma mistura de moléculas que a natureza tenta eliminar. Para isso, ela utiliza o óxido de nitrogênio, que quebra esses elementos químicos.
Caso não sejam destruídas, essas substâncias formam poluição e ozônio, que transformam o ar da cidade em algo irritante para as vias respiratórias.
O problema, segundo os estudiosos, é que essa “limpeza” acontece durante a noite, já que o óxido de nitrogênio é destruído pela luz do Sol.
A nova pesquisa aponta que a energia de luzes que ficam acesas durante toda a noite nos grandes centros urbanos está eliminando a substância da atmosfera. Apesar de serem até 10 mil vezes mais fracas do que o Sol, as luzes artificiais podem causar sérios danos à atmosfera, afirmam os pesquisadores.
“Nossos primeiros resultados indicam que as luzes podem desacelerar a limpeza noturna em até 7% e elas também podem aumentar em até 5% os (elementos) químicos iniciais para poluição por ozônio no dia seguinte”, afirmou Harald Stark, do NOAA, à BBC.
Ele informou ainda que serão necessários novos estudos para quantificar os índices de ozônio que poderão estar no ar no dia seguinte. “Este trabalho será importante, pois muitas cidades estão perto de seus limites regulatórios em termos de níveis de ozônio. Então, até mesmo uma mudança pequena pode ser importante”, afirmou o cientista.
Soluções
Para limitar os impactos do efeito, Stark recomenda a substituição das lâmpadas utilizadas na iluminação pública das grandes cidades. A maioria utilizar lâmpadas de vapor de sódio ou halógenas.
A tecnologia mais indicada são luzes vermelhas, que afetam menos o óxido de nitrogênio. O problema, segundo Stark, é que poucas autoridades aceitariam utilizar esse modelos de lâmpadas na iluminação das cidades.
Uma alternativa mais simples e viável seria adequar a iluminação pública para mantê-la voltada para o chão. A prática é indicada por ativistas, que defendem que assim é possível evitar que o brilho das lâmpadas apague a luz das estrelas.
“Este efeito é mais grave no alto, no ar, do que diretamente no chão. Então, se você conseguir manter a luz apontada para baixo e não a quer refletida nos céus, para partes mais altas da atmosfera, então você certamente terá um efeito muito menor”, disse Stark.
Perigos da poluição luminosa
Essa não é a primeira vez que a poluição causada pelo excesso de luz é apontada como vilã do meio ambiente. Outros estudos já revelaram que o fenômeno pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora a fauna local.
Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama, além de prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa.
O excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos.
Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente. [EcoD]
Fonte: http://blog.eco4planet.com/
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Brasil apresenta limite inédito de emissões para 2020
Desmatamento é a principal causa de emissões de carbono do Brasil
O governo brasileiro anunciou uma projeção para 2020 das emissões totais de gases do efeito estufa do país, estabelecendo um teto inédito no mundo.
O país já havia anunciado as suas metas de redução de emissões em termos percentuais: 36,1% a 38,9%, abaixo das projeções para 2020. Faltava detalhar em termos absolutos o que isso significaria.
Este cálculo - que fixa o limite de emissões em 2020 em 3,236 gigatoneladas de CO2 equivalente (medida que expressa em CO2 o aquecimento potencial de outros gases do efeito estufa) - faz parte de um decreto-lei assinado na quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O número, que instrumentaliza o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, foi anunciado durante a reunião das Nações Unidas sobre o tema, em Cancún, no México.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comemorou a assinatura do documento, classificando-a de 'grande notícia'.
'Mostra que a gente vem negociar com a ação feita. Não é blá-blá-blá. Muita gente vem negociar, fala, fala, fala, mas não realiza', brincou.
Mercado de carbono
A decisão especifica limites individuais para os 12 setores que mais poluem, de forma que o Brasil fica obrigado a reduzir as suas emissões em cerca de 2 gigatoneladas nos próximos dez anos.
O decreto-lei exige que cada setor tenha estimativas anuais de suas emissões, e submeta relatórios trienais ao governo.
'É o início de um sistema de cap-and-trade no Brasil', disse Tasso Azevedo, consultor do Ministério do Meio Ambiente.
Isso quer dizer que os limites setoriais podem ser negociados entre as empresas de cada setor, criando créditos de carbono para aquelas que reduzirem as suas emissões, como já acontece na Europa, através do Emissions Trading Scheme (ETS).
Na prática, a nova lei institui a criação de um mercado de carbono semelhante ao europeu no Brasil.
'Espaço de carbono'
'O Brasil definiu seu espaço de carbono em 2020. Ao fazer isso, ele provoca outros países a mostrarem seu número', disse Azevedo.
Espaço de carbono é a expressão usada por especialistas para descrever o volume máximo de emissões de gases do efeito estufa.
Segundo Azevedo, em 2020, cientistas calculam que ele deveria ser de 40 gigatoneladas, de forma a evitar que o planeta entre em um ciclo de aquecimento de consequências catastróficas para o planeta.
Atualmente, o total de emissões gira em torno de 50 gigatoneladas.
Se todos os países tivessem estimativas de emissões para 2020, seria possível fazer um cálculo simples sobre a necessidade de cortes de emissões.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Curitiba é cidade mais verde da América Latina
A cidade de Curitiba, capital do Paraná, obteve no domingo, 21, a distinção de metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina, segundo um estudo sobre meio ambiente apresentado pela empresa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica The Economist, afirma o Estadão.
“Esse título tem muitos significados, mas apenas uma origem: a capacidade que os curitibanos vêm demonstrando, ano após ano, de adotar uma agenda sustentável de maneira consciente e consistente”, disse o prefeito Luciano Ducci, no México, ao recebeu o troféu do presidente mundial da Siemens, Peter Löscher, pelo desempenho de Curitiba no Green City Index.
O novo índice considerou as variáveis de eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda meio ambiental de governo.
A capital paranaense ficou à frente de Buenos Aires, Santiago, Medellín, Bogotá, Quito, Guadalajara, Monterrey, Puebla, Cidade do México, Lima, Montevidéu, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
A Siemens contratou a Economist Intelligence Unit (Unidade de Inteligência da Economist) para desenvolver o Green City Index. É o primeiro estudo já feito na América Latina sobre cidades e sustentabilidade com essa amplitude.
Fonte: http://blog.eco4planet.com/
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Brasil terá 161 novas usinas eólicas até 2013
Multinacionais que fabricam equipamentos eólicos anunciaram investimentos no Brasil
A queda do preço da energia eólica e a alta do consumo energético no Brasil farão com que o país tenha 161 novas usinas até 2013 (hoje são 45), passando dos atuais 700 MW para 5.250 MW, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo. O crescimento do setor é associado a investimentos da ordem de R$ 18 bilhões, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (AbeEólica), Ricardo Simões.
Com a crise internacional, o consumo de energia recuou em boa parte do mundo e os projetos de novas usinas foram paralisados, fator que deixou as fábricas de equipamentos com a capacidade ociosa elevada, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. No entanto, como o Brasil saiu rapidamente da crise e o consumo energético cresceu 12% ao ano, os fabricantes globais se voltaram para o país.
O interesse cada vez maior das multinacionais pelo mercado brasileiro se refletiu diretamente nos preços da energia, que surpreenderam até os mais otimistas do setor no primeiro leilão de eólicas, realizado em dezembro de 2009. Em média, os valores ficaram em R$ 148 o megawatt/hora (MWh) – um ano antes, custavam mais de R$ 200. Em agosto de 2010, o preço recuou para R$ 130, custo inferior aos registrados nas tradicionais pequenas centrais hidrelétricas e usinas de biomassa.
Multinacionais do setor eólico apostam no Brasil
Algumas multinacionais já atuam no Brasil e estão com a produção a plena carga, como a argentina Impsa e a norte-americana GE. A francesa Alstom vai inaugurar sua unidade na Bahia em 2011. A corrida para abocanhar uma fatia do mercado conta ainda com a espanhola Gamesa, a indiana Suzlon, a dinamarquesa Vestas e a alemã Siemens. Empresas coreanas e chinesas também podem se instalar no país futuramente.
“O Brasil está se preparando para ter 20% de energia eólica até 2020″, afirmou aoEstadão Arthur Lavieri, que há dois meses assumiu o controle da Suzlon. A multinacional anunciará até novembro o nome da cidade, no Ceará, que vai receber uma fábrica de aerogeradores com capacidade para produzir até 600 pás e 500 MW de turbinas por ano. Será a única nova unidade do grupo até 2011. “Brasil, Índia e China são os três maiores mercados eleitos pela Suzlon”, acrescentou o executivo.
Listamos para você as principais multinacionais do setor que investem no país:
Wobben Windpower – a empresa alemã pertence a Aloys Wobben, dono da Enercon, uma das maiores fabricantes de aerogeradores do mundo. Desde 1999, a companhia já ergueu 16 usinas no Brasil.
Siemens – a empresa alemã, referência mundial na produção de turbinas para hidrelétricas, também corre para conquistar uma fatia do mercado. Para estrear na produção de geradores eólicos no Brasil, a companhia planeja uma nova fábrica no Nordeste.
General Eletric (GE) – a empresa norte-americana ampliou a unidade de Campinas (SP) para atender os contratos firmados no primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro de 2009.
Suzlon – a empresa indiana instalará uma fábrica no Ceará em 2011 com capacidade para produzir até 600 pás e 500 MW de turbinas por ano.
Iberdrola – a empresa espanhola teve forte participação nos últimos leilões e já encomendou equipamentos da fabricante Gamesa, que pretende abrir fábrica na Bahia.
Tecsis – a empresa brasileira fundada por engenheiros do Centro de Tecnologia Aeroespacial de São José dos Campos tem dez unidades de produção. Ela vai montar uma fábrica no complexo industrial de Suape, em Pernambuco.
Todos esses fabricantes de equipamentos firmaram pré-contratos com os investidores que participaram dos leilões e que construirão as usinas. Uma das empresas que mais fecharam negócios é a brasileira Renova. Com dez anos de mercado, ela fatura hoje R$ 37 milhões. Até 2013, esse valor vai quase multiplicar por dez com os novos contratos.
A Tecsis também vislumbra uma grande mudança. Em 15 anos de existência, todas as 30 mil pás produzidas pela empresa brasileira foram exportadas. “Já tive a oportunidade de ver nossas pás em operação no Japão, nos EUA, na Europa, e era uma frustração não vender para o Brasil”, relatou o presidente da companhia, Bento Koike. “Nossos clientes não olhavam para esse mercado, porque não interessava.” Agora, a situação mudou. Cerca de 85% dos projetos contratados nos dois leilões terão pás da Tecsis. [EcoD]
Fonte: http://blog.eco4planet.com/
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Planeta perdeu 30% de recursos naturais
estadao.com.br, Atualizado: 13/10/2010 0:51
"Em menos de 40 anos, o mundo perdeu 30% de sua biodiversidade. Nos países tropicais, contudo, a queda foi muito maior: atingiu 60% da fauna e flora original. Os dados são do Relatório Planeta Vivo 2010, publicado a cada dois anos pela organização não governamental WWF.
O relatório, cujas conclusões são consideradas alarmantes pelos ambientalistas, é produzido em parceria com a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês) e Global Footprint Network (GFN).
'Os países pobres, frequentemente tropicais, estão perdendo biodiversidade a uma velocidade muito alta', afirmou Jim Leape, diretor-geral da WWF Global. 'Enquanto isso, o mundo desenvolvido vive em um falso paraíso, movido a consumo excessivo e altas emissões de carbono.'
A biodiversidade é medida pelo Índice Planeta Vivo (IPV), que estuda a saúde de quase 8 mil populações de mais de 2,5 mil espécies desde 1970.
Até 2005, o IPV das áreas temperadas havia subido 6% - melhora atribuída à maior conservação da natureza, menor emissão de poluentes e melhor controle dos resíduos. Nas áreas tropicais, porém, o IPV caiu 60%. A maior queda foi nas populações de água doce: 70% das espécies desapareceram.
Consumo desenfreado. A demanda por recursos naturais também aumentou. Nas últimas cinco décadas, as emissões de carbono cresceram 11 vezes.
O relatório afirma que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por 33 países em geral desenvolvidos, são responsáveis por 40% da pegada de carbono global, e emitem cinco vezes mais carbono do que os países mais pobres.
Comparados a ela, os BRICs (grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China) têm o dobro da população e uma menor emissão de carbono per capita. O problema, alerta o relatório, é se os BRICs seguirem no futuro o mesmo padrão de desenvolvimento e consumo da OCDE.
Índia e China, por exemplo, consomem duas vezes mais recursos naturais do que a natureza de seu território pode repor. Atualmente, os países utilizam, em média, 50% mais recursos naturais que o planeta pode suportar. Se os hábitos de consumo não mudarem, alerta o relatório, em 2030 se estará consumindo o equivalente a dois planetas.
Em resposta ao levantamento de 2008, a WWF elaborou um modelo de soluções climáticas, em que aponta seis ações concretas para reduzir as emissões de carbono e evitar maiores perdas de biodiversidade.
Entre elas, a organização aponta a necessidade de investir em eficiência energética, novas tecnologias para gerar energia com baixa emissão de carbono, adotar a política de redução da pegada de carbono e impedir a degradação florestal.
PARA LEMBRAR
De 18 a 29 deste mês acontece em Nagoya, no Japão, a 10ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. Criada em 1992, no Rio de Janeiro, a convenção tinha como principal meta reduzir significativamente a perda de biodiversidade até 2010. As Nações Unidas até definiram 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade, mas os resultados ainda deixam muito a desejar. Apesar da meta estabelecida, o relatório mais recente da ONU mostra que o planeta perdeu um terço do estoque de seres vivos existente em 1970. O documento aponta como ameaçadas de extinção 42% das espécies de anfíbios do mundo e 40% das de aves - e estima em US$ 2 trilhões a US$ 4,5 trilhões o prejuízo mundial anual com desmatamento. Além da preservação da diversidade biológica mundial, outro tema deve ter destaque nas negociações: a repartição dos recursos oriundos da biodiversidade."
Fonte: http://estadao.br.msn.com/ciencia/artigo.aspx?cp-documentid=25927622
PS: Estamos em busca de apoio/patrocínio para iniciarmos a produção do documentário.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Os mares estão ficando sem alimento
7/10/2010
Isabel Martínez Pita (EFE)
Uma equipe de cientistas marinhos composta por Daniel Boyce, da Dalhousie University (Canadá), Marlon R. Lewis e Boris Word, realizou a compilação dos dados recolhidos durante um século com o objetivo de conhecer a saúde dos mares.
A iniciativa começou a ser incubada no ano de 1899 através de um simples e original método: o disco Secchi. Este disco do tamanho de um prato de mesa tem pintado um padrão com as cores branco e preto alternadas.
Preso por um cabo, ele é deixado cair dentro do mar e se observa o tempo que transcorre até que a turvação de água impede que ele seja visto.
A profundidade à qual isto acontece é proporcional à quantidade de algas microscópicas presentes que compõem o fitoplâncton.
Desde o ano que começou a ser utilizado este método para determinar a transparência das águas oceânicas e a evolução dos níveis de fitoplâncton, foram realizadas meio milhão de observações em um período de tempo de mais de cem anos.
Esta é a primeira vez que um grupo de cientistas reúne todos os dados obtidos para dar sentido ao que realmente está acontecendo com os mares de nosso planeta.
Segundo as conclusões às quais chegou a equipe científica de Daniel Boyce, o fitoplâncton vem diminuindo 1% a cada ano nos últimos 110 anos e, embora esta quantidade pareça ínfima, na atualidade há 40% menos que em 1950.
O primeiro elo da cadeia trófica
O fitoplâncton é composto por pequenas algas fotossintéticas e são o primeiro elo da cadeia trófica, ou seja a cadeia alimentar, por isso que o nível de sua presença representa o estado de saúde dos mares.
Enrique Pardo, cientista marinho da organização internacional Oceana, explica à EFE que "o fitoplâncton compõe entre 50% e 90% da biomassa no oceano, o que dá a ideia da relevância que pode ter a presença ou ausência destes microorganismos no meio marinho.
É a parte do plâncton que é fotossintética. Seria como a parte vegetal, que é a que tem clorofila. É muito relevante porque segundo os censos da vida marinha corresponde em torno de 95% da respiração dos oceanos, que são o principal motor na captação de CO2 da atmosfera e na produção de oxigênio no meio marinho".
O estudo realizado pela equipe de Boyce mostra a perda que está acontecendo por alterações derivadas das atividades humanas.
Pardo acrescenta que "por serem organismos fotossintéticos eles têm uma forte dependência das condições meteorológicas. Assim, a mudança climática afeta principalmente de duas formas.
Uma é que ao aumentar a temperatura de água se impede a mistura de águas profundas, ricas em nutrientes, com as águas superficiais, que é onde se encontram as maiores concentrações de fitoplâncton, o que atrapalha sua reprodução.
Por outro lado, está o aumento da concentração de CO2 na atmosfera. O meio marinho capta em torno de 30% do CO2 emitido na atmosfera e absorve 80% do calor atmosférico.
À medida que o CO2 aumenta, o meio marinho o absorve mais. Em princípio, isto pode parecer positivo pois o fitoplâncton requer esse CO2 para realizar a fotossíntese. No entanto, em concentrações altas demais acontecem processos de acidificação.
Acidificação das águas
O processo de acidificação das águas marinhas traz consequências desastrosas para muitas das espécies marinhas, porque as coberturas calcárias dos animais que as requerem necessitam do carbono orgânico.
Segundo Enrique Pardo "se esta acidificação chegasse a um nível mais elevado, estas estruturas calcárias poderiam chegar a se dissolver. O que fica claro é que isso já está repercutindo em uma impossibilidade clara para formar essas estruturas ou para fechar os ciclos de respiração".
O fitoplâncton é a base da cadeia trófica e serve de alimento ao zooplâncton, que compõe a outra parte dos micro-organismos, em muitos casos, formada por ovas de peixes e alimento fundamental das espécies superiores.
"Se há uma queda neste primeiro elo da cadeia, isto repercutirá negativamente em todos os seres superiores", diz o pesquisador.
Segundo o cientista marinho, "este estudo tem uma base sólida e é muito crível. Na medida que vai aumentado a concentração de CO2 na atmosfera de forma exponencial - assim como o aquecimento global, como parece a tendência - pode acontecer uma aceleração neste processo de perda de fitoplâncton e, em consequência, de todas as espécies marinhas, porque sem o fitoplâncton elas não prosperam".
Desde peixes a cetáceos, inclusive qualquer tipo de organismo marinho, podem desaparecer.
Ao se extinguir a vida marinha, destrói-se o pilar principal da estrutura das espécies do mar, que não são independentes das terrestres.
"Este fato terá uma repercussão direta no homem, pois somos consumidores de espécies marinhas e, além disso, afetará o próprio funcionamento do ciclo biológico em nível global", diz o especialista.
"Só se diminuirmos a temperatura da atmosfera e preservando as emissões de CO2 poderíamos evitar esta catástrofe", conclui o cientista marinho.
Fonte: http://verde.br.msn.com/
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Muito importante - Realização do projeto - Ajuda
Venho por meio desta postagem dizer que até o devido momento não conseguimos patrocínio para realizar nosso projeto. Mandamos e-mail para diversas empresas, sendo a maior parte destas focadas em sustentabilidade, explicando o que é o nosso projeto, porém não recebemos nenhuma resposta positiva.
Várias não nos patrocinaram porque seu programa engloba apenas projetos de pessoa jurídica, e nós não temos uma empresa cadastrada, e outras realmente não demonstraram interesse. Algumas até disseram que é um projeto muito interessante mas que no momento não seria possível nos patrocinar.
Este documentário que queremos realizar é um trabalho realmente sério. E vamos fazer o melhor possível para que seja de grande importância para todos que o assistam. E necessitamos de apoio para realizá-lo.
Hoje todos presenciam o crescimento da poluição, do lixo nos mares, do desmatamento, da destruição do habitat de diversos animais. Estamos vendo a degradação do planeta em que vivemos. E o que podemos fazer para que isso melhore e mude? É justamente isso que vamos mostrar no nosso filme. Mostraremos iniciativas de proteção ambiental, nas áreas marítima, florestal e faunística, realizadas no Brasil. Vamos visitar lugares que realizam essas iniciativas e projetos, falar com pessoas envolvidas no assunto e destacar assim os benefícios trazidos para a natureza, para os homens e para os animais, através destas ações.
Peço aqui a ajuda de vocês que são os interessados em ver este documentário sendo feito. Pedimos a vocês uma ajuda em dinheiro, através de depósito (no valor que puderem), para ajudar no início da produção do filme. Porque até o momento tem sido muito difícil receber apoio de qualquer empresa. E não queremos, de forma alguma, desistir deste projeto.
Se puderem também divulgar o projeto e a "vaquinha", eu agradeço. Quanto mais gente melhor e mais fácil de dar início ao trabalho.
Para doação, realizar depósito na conta:
Banco do Brasil
Favorecido: Paulo César Leão Ribeiro
Agência: 1763-9
Conta:14.119-4
Obrigada pela atenção e por quem ajudar!
Rayanne Rocha
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terça-feira, 3 de agosto de 2010
Condomínios e queimadas ameaçam felinos em São Paulo
Urbanização nociva
Condomínios e queimadas ameaçam felinos em São Paulo
02 de agosto de 2010
Em uma manhã de segunda-feira, em setembro de 2009, Anhanguera parou o trânsito. A onça-parda, um macho, foi atropelada na altura do km 71 da rodovia de mesmo nome. Quebrou caninos, sofreu contusões e hoje é monitorada 24 horas por veterinários. Aguarda a chance de voltar à natureza.
Sua história se assemelha à de Goiabeira, outra onça-parda. O felino foi encontrado no quintal de uma casa em Jundiaí (SP). Acuado por humanos, subiu em uma goiabeira e ali ficou até ser capturado pelo Corpo de Bombeiros e levado à Associação Mata Ciliar, que mantém o Centro Brasileiro para Conservação dos Felinos Neotropicais e abriga também Anhanguera.
O acelerado processo de urbanização de regiões do interior paulista, como Jundiaí, Vinhedo, Louveira e Campinas,está fazendo com que uma cena inusitada se torne cada vez mais comum: a aparição de onças em áreas urbanas. Apenas nos últimos dois meses, três onças-pardas apareceram nessas regiões. E, no último fim de semana, também dois lobos-guarás.
Segundo informações do Centro Nacional de Conservação e Pesquisa de Mamíferos Carnívoros (Cenap), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, nos últimos três anos tem ocorrido uma média de três aparições de onças em áreas urbanizadas a cada dois meses.
“Nos meses de inverno, especialmente entre julho e setembro, esses encontros se tornam mais frequentes. Há muitas queimadas, o que provoca um deslocamento maior dos animais”, explica Rogério Cunha de Paula, analista ambiental do Cenap.
Segundo a ONG Pró-Carnívoros, nos últimos dois anos foram registradas 20 aparições de onças-pardas em áreas urbanas de São Paulo e Minas Gerais. “Os animais estão encurralados”, resume Fernando Azevedo, pesquisador da Pró-Carnívoros.
Condomínios
Além das queimadas, a expansão dos condomínios residenciais – muitos com apelo ecológico – e dos canaviais está reduzindo o hábitat dos animais. “É um problema sério. Em 12 anos de atividades, nunca havíamos recebido chamados para resgatar onças. Há um ano isso se tornou comum”, diz Cristina Adania, coordenadora de fauna da Associação Mata Ciliar. Doutora em felinos pela Universidadede São Paulo (USP), a veterinária critica a expansão dos condomínios que avançam sobre áreas remanescentes de Mata Atlântica.
“As pessoas querem viver próximas à natureza, mas se assustam quando se deparam com um macaco ou onça no quintal. São os bichos que estão em uma encruzilhada”, diz Cristina. “As poucas áreas verdes que sobraram viraram jardins particulares dos condomínios”, critica.
A Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, que compartilha com os municípios o licenciamento ambiental dos condomínios, minimiza o problema. “A maioria dos empreendimentos usa áreas degradadas, onde a paisagem já foi modificada, evitando ao máximo a supressão da vegetação”, diz Claudia Schaalmann, especialista em fauna da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais da secretaria. Ela adverte, porém, que é preciso que os empreendimentos monitorem a fauna e implantem corredores que facilitem o deslocamento dos animais.
Fonte: http://www.anda.jor.br/?p=78213
sábado, 17 de julho de 2010
Florestas tropicais são mais eficientes para absorção de gás carbônico
Florestas tropicais absorvem um terço de todo o CO2 que é retirado da atmosfera pelas plantas
Um estudo publicado na revista Science aponta que as florestas tropicais, como a Amazônia, são as “máquinas” de fotossíntese mais eficientes do planeta. De acordo com o trabalho científico, elas absorvem um terço de todo o gás carbônico (CO2) que é retirado da atmosfera pelas plantas a cada ano.
Foi a primeira vez que cientistas calcularam a absorção global de CO2 pela vegetação terrestre: são 123 bilhões de toneladas do gás por ano. ”É o dobro da quantidade de CO2 que os oceanos absorvem”, comparou o coautor do estudo, Christian Beer, do Instituto Max Planck para Bioquímica, na Alemanha. As selvas tropicais respondem por 34% da captura, e as savanas por 26%, apesar de ocuparem o dobro da área.
Um outro estudo, publicado na mesma edição da Science, mostrou que a temperatura influencia pouco na quantidade de carbono exalado pelas plantas quando elas respiram. Antes, cientistas temiam que o aquecimento global pudesse acelerar as taxas de respiração, fazendo com que florestas se convertessem de “ralos” em fontes do gás, fator que agravaria ainda mais o problema. Juntos, esses dados devem ajudar a melhorar os modelos climáticos, que dependem do conhecimento preciso do fluxo de carbono entre plantas, atmosfera, oceanos e fontes humanas do gás.
Amazônia
O trabalho dos cientistas do Instituto Max Planch ressalta a importância das florestas secundárias na Amazônia como “ralos” para o CO2 despejado em excesso no ar por seres humanos. É que apesar de absorverem muito carbono por fotossíntese, as florestas tropicais devolvem outro tanto ao ar quando respiram. Por outro lado, as florestas em regeneração fixam muito mais carbono do que exalam.
O estudo usou dados de uma rede internacional, a Fluxnet, que reúne centenas de torres que servem como postos de observação pelo mundo, analisando os fluxos de CO2 na vegetação ao redor. No Brasil, há quase uma dezena de torres de fluxo, a maior parte delas instaladas na Amazônia. ”Mas ainda sabemos pouco, por exemplo, sobre pontos de transição abrupta ligados ao clima, como florestas em savanização”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo o biólogo Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. “E ainda existem ambientes pouco mapeados, como pântanos e brejos.”
Fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/07/florestas-tropicais-sao-mais-eficientes-para-absorcao-de-gas-carbonico/
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Desaparecimento de abelhas pode prejudicar produção de frutos, diz especialista
A diminuição da quantidade de abelhas pode prejudicar a cultura de frutos como melão, manga, melancia e goiaba no Brasil. A bióloga e pesquisadora da Embrapa Semiárido, Márcia Ribeiro, em entrevista à Rádio Nacional, afirmou que os Estados Unidos e o Canadá já estimam a perda de milhões de dólares na produção de frutos com o desaparecimento das abelhas.
De acordo com a bióloga, no Brasil, ainda não há estudos sobre esses prejuízos. “Mas já se sabe que o número de abelhas está diminuindo aqui também”. Ela explicou que em diversas culturas as abelhas são necessárias para que haja a polinização das flores e, consequentemente, a planta possa produzir frutos.
Segundo a pesquisadora, o Brasil começou a investir em estudos de polinizadores e formas de polinização nos últimos anos. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) lançou em setembro do ano passado um edital para a pesquisa da polinização em diversas culturas. Apesar disto, Márcia salienta que esses estudos estão apenas começando.
Segundo a bióloga, as abelhas são mortas por pessoas que colhem mel de colmeias naturais de forma inadequada, deixando um rastro de destruição no habitat. “Elas vão até a vegetação nativa, extraem o mel dos ninhos sem nenhum cuidado e deixam as abelhas morrerem, causando um desequilíbrio no meio ambiente.”
Fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/07/desaparecimento-de-abelhas-pode-prejudicar-producao-de-frutos-diz-especialista/
sábado, 26 de junho de 2010
Espírito Santo ganha mais proteção
25 jun 2010 às 10:48
Decreto assinado em 17 de junho acaba de criar duas Unidades de Conservação para a costa do Espírito Santo: a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa das Algas e a Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) de Santa Cruz, nos municípios de Aracruz, Fundão e Serra.
Em um momento como o atual, onde os oceanos sofrem com vazamentos, acidificação, pescas “científicas”, entre outros, a criação destas unidades de conservação chegam com um gosto especial. Os mares e oceanos carecem de Áreas Marinhas Protegidas para garantir, além da proteção da vida marinha, a possibilidade da recomposição do estoque pesqueiro amplamente comprometido.
Ainda é tempo de que nossos governantes abram os olhos para a sensibilidade dos ecossistemas marinhos e desistam de grandes obras de impacto como é o caso do Porto-Sul, fruto da ambição de empresas estrangeiras em cima das riquezas naturais brasileiras.
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/
sábado, 19 de junho de 2010
SP ficará 3°C mais quente neste século
Ambiente. Como consequência do aquecimento na Região Metropolitana, o número de dias com chuvas intensas na capital dobrará e haverá um aumento de dias e noites quentes. Os dados constam de estudo feito por pesquisadores do Inpe, Unicamp, Unesp e USP.
(15 de junho de 2010)
Afra Balazina - O Estado de S.Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo terá um aumento da temperatura média entre 2ºC e 3ºC neste século, o que dobrará o número de dias com chuvas intensas na capital paulista e levará a uma elevação das ondas de calor e dos dias e noites quentes na região. Os dados fazem parte do relatório Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas.
O estudo aponta que, se a expansão urbana continuar com o padrão atual, em 2030 cerca de 11% das novas ocupações poderão ocorrer em áreas de risco de deslizamento e mais de 20% da área total de expansão seria suscetível a enchentes e inundações. "O estudo não traz nenhuma boa notícia", resume Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A Região Metropolitana de São Paulo possui cerca de 20 milhões de habitantes e as projeções indicam que a mancha urbana será o dobro da atual em 2030. Além de ter projeções do clima e saber a declividade do terreno, o uso e a ocupação do solo também influencia na vulnerabilidade - uma área inclinada ocupada por favela tem risco muito maior que uma área com vegetação, explica Nobre.
A população está cansada de saber dos impactos negativos das chuvas fortes e enchentes. De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no período de 1988 a 2009 houve um total de 1.457 mortes por deslizamentos no Brasil, sendo 220 no Estado de São Paulo. Somente o Rio de Janeiro teve um número maior: 509 mortes.
A pesquisa mostra ainda que o clima já vem mudando na capital paulista. Chuvas acima de 50 milímetros ao dia, por exemplo, eram raras antes de 1950. Hoje, ocorrem de duas a cinco vezes por ano na cidade. "A crescente urbanização das periferias atuando em sinergia com o aquecimento global projeta que eventos com grandes volumes de precipitações pluviométricas ocorrerão com mais frequência no futuro, abarcando cada vez uma maior área da Região Metropolitana de São Paulo", diz o estudo.
O aquecimento global é provocado pelas emissões de gases de efeito estufa - o principal deles é o gás carbônico. Mas a temperatura nas cidades também é maior nas áreas cobertas por edifícios e pavimentação - locais pavimentados irradiam 50% a mais de calor que superfícies com vegetação.
Inevitável. Segundo Nobre, mesmo que São Paulo passasse a ter emissão zero a partir de hoje, o aquecimento global continuaria. É por isso que o estudo ressalta a importância da adaptação para o aumento da temperatura e suas consequências.
Para evitar maiores danos, as cidades da Região Metropolitana precisam investir no controle das ocupações de áreas de risco e na proteção das áreas de várzeas de rios. A pesquisadora Andrea Young, do Núcleo de Estudos de População da Unicamp, lembra da importância da criação de parques lineares, ao longo dos rios - algo que a Prefeitura de São Paulo começou a se preocupar nos últimos anos.
Ela ressalta que, além de atuar para recuperar a vegetação na área, é preciso mudar o padrão de construção nas cidades - que usa muito vidro, o que facilita a retenção do calor e funciona como uma estufa. Para Andrea, é fundamental que as 39 cidades da região atuem em conjunto. "Ainda não há uma gestão integrada."
O trabalho reuniu pesquisadores do Inpe, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de SP) e a Embaixada do Reino Unido apoiaram o estudo.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100615/not_imp566622,0.php
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Salve o Código Florestal Brasileiro
O BRASIL QUER PROTEÇÃO, NÃO DESMATAMENTO
Os nossos deputados estão decidindo agora mesmo se irão apoiar a proposta da bancada ruralista que irá destruir nossas florestas -- reduzindo dramaticamente as áreas de proteção ambiental e legalizando áreas desmatadas.
Caso aprovadas, estas emendas terão um impacto devastador no Brasil, tirando a proteção de milhões de hectares de mata nativa. Nós não podemos deixar isto acontecer!
Vamos enviar uma enxurrada de emails para os líderes dos partidos demandando que eles protejam as nossas florestas e votem contra qualquer tentativa de enfraquecer o Código Florestal .
ASSINE A PETIÇÃO AQUI:
http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?cl=613846382&v=6588
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Espécies de peixes são afetadas por poluição sonora
07.06.2010
"Ao contrário do que normalmente imaginamos, os oceanos não são ambientes silenciosos. Diferente de nós, os peixes não têm dificuldade em ouvir debaixo d’água e a poluição sonora crescente está ameaçando suas populações.
Para a maioria das espécies de peixes, a audição desempenha uma componente essencial das suas vidas. Os crescentes níveis de poluição sonora nos oceanos proveniente de plataformas petrolíferas e de gás, de navios, barcos ou sonares, estariam afetando a distribuição das populações de peixes, a sua capacidade reprodutiva, a sua capacidade de comunicação e de defesa contra predadores. Algumas espécies de peixes são muito sensíveis aos ultra-sons e outras são muito sensíveis aos infra-sons.
Cerca de 80% dos transportes marítimos são motorizados. Os sonares para procura de peixes, por exemplo, são utilizados desde os anos 50 e globalmente a poluição sonora está aumentando embora pouca atenção lhe seja prestada."
*Fonte: BBC.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Importância das áreas protegidas na Amazônia
Estudo mostra importância de áreas protegidas na redução de emissões
27 Maio 2010
"Foi divulgado ontem artigo científico que demonstra que as áreas protegidas (APs) da Amazônia são efetivas para reduzir a emissão de carbono para a atmosfera, por desmatamento evitado. O artigo, preparado por pesquisadores brasileiros e americanos, foi publicado no prestigioso periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
De acordo com a pesquisa, as áreas protegidas – que englobam as terras indígenas, as unidades de conservação de uso sustentável e as unidades de conservação de proteção integral – abrigam 54% das florestas remanescentes da Amazônia Brasileira. Para definir o quanto as APs contribuem para impedir a emissão do carbono armazenado na floresta para a atmosfera, os pesquisadores analisaram os efeitos de cada uma das 595 áreas protegidas da Amazônia sobre o desmatamento. A conclusão é que, entre 1997 e 2008, o conjunto de APs demonstrou efeito de inibição do desmatamento. Das áreas protegidas criadas depois 1999, 115 se mostraram efetivas imediatamente após terem sido decretadas.
Ainda de acordo com o artigo, a recente expansão do número de áreas protegidas na Amazônia foi responsável por 37% do total de redução de 13,4 mil km² no desmatamento entre 2004 e 2006. É importante registrar que, nesses casos, não houve vazamento, ou seja, a criação de novas APs não desviou o desmatamento para outros lugares, e sim evitou de fato que novas áreas fossem desmatadas.
As estimativas do estudo apontam que, além das APs, mudanças no ciclo econômico contribuíram com 44% da redução do desmatamento na Amazônia, enquanto 18% podem ser atribuídos a outros fatores, como fiscalização mais intensiva pelo governo federal. Essas projeções foram feitas a partir de um modelo econométrico de previsão do desmatamento com base nas mudanças das condições socioeconômicas.
Potencial de evitar emissões
De acordo com este estudo, os cientistas calculam que as APs da Amazônia, se plenamente implementadas, poderiam evitar a emissão de 8,0 (±2,8) bilhões de toneladas de carbono até 2050.
No entanto, implementar as 595 áreas protegidas já existentes representará um custo considerável para o Brasil, calculado em cerca de US$ 147 bilhões. Esse valor compreende os investimentos necessários para a consolidação das APs e os lucros que o país deixará de obter ao abrir mão de atividades econômicas na região até 2050.
As florestas tropicais, entre elas a Amazônia, exercem um papel crucial no sistema climático mundial, por armazenar grandes quantidades de carbono. Por essa razão, os pesquisadores afirmam que o custo de manutenção das áreas protegidas brasileiras deveria ser parcialmente compensado por um acordo internacional de clima que inclua incentivos para países tropicais que reduzam suas emissões de carbono por desmatamento e degradação florestal.
O estudo foi elaborado por 12 pesquisadores ligados a: Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; The Woods Hole Research Center; WWF-Brasil; e Gordon and Betty Moore Foundation."
Fonte: http://www.wwf.org.br/?25200/Estudo-mostra-importncia-de-reas-protegidas-na-reduo-de-emisses
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Busca por patrocínio
Irei esclarecer o que está sendo feito pelo nosso projeto.
Como já disse na descrição, nosso projeto é um documentário ecológico que mostrará as iniciativas de proteção ambiental realizadas em vários pontos de relevância do Brasil.
Estamos na fase de busca por patrocínio, há uns meses. Já contatamos e enviamos o nosso projeto para diversas empresas (a maioria ligada ao desenvolvimento sustentável), mas ainda não conseguimos quem nos desse patrocínio, por isso, continuamos na busca por outras empresas.
Quem tiver interesse ou puder ajudar de alguma forma, entre em contato comigo, através do blog, ou do nosso twitter (https://twitter.com/fortesmotivos), ou do meu e-mail: rayanne_rocha_n@hotmail.com .
Precisamos de patrocínio para a realização do nosso documentário.
Hoje, mais do que nunca, as pessoas estão preocupadas com a proteção da natureza, estão tomando conhecimento das consequências das nossas atitudes para o meio ambiente; as empresas também estão cada vez mais ligadas a esse assunto, muitas realizam suas atividades todas nos padrões do desenvolvimento sustentável.
Por isso, acreditamos na importância do nosso projeto.
E buscamos quem pensa desta forma, quem acredite em nós e nos dê essa oportunidade de mostrar que nosso filme é um trabalho sério e de grande importância. Precisamos de apoio e de quem nos torne possível produzir nosso filme.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Entenda a ligação entre a tragédia ambiental no Golfo do México e o consumo de carne
Vazamento de petróleo está ligado aos nossos hábitos alimentares
Depois da trágica explosão de plataformas petrolíferas na costa do golfo e do derramamento de óleo resultante, que continua a se espalhar, muitas pessoas estão procurando respostas. Como é que este desastre ocorre – e como podemos evitar que catástrofes semelhantes se repitam no futuro? A culpa pode estar na escolha que fazemos quanto ao que colocar em nossos pratos.
Mais de um terço dos combustíveis fósseis produzidos nos Estados Unidos é usado para criar animais explorados e destinados ao consumo humano. Enormes quantidades de grãos e soja são cultivados para a alimentação destes animais e são transportados para processadores em caminhões de 18 rodas, que de maneira assustadora consomem combustível e poluem.
Mais energia é então utilizada ao operar os feed mills (processo e/ou uma combinação de processos utilizados para produzir um alimento processado para animais) e fazendas de animais, além do transporte dos animais para abate, por longas distâncias, na operação dos matadouros e mais.
É preciso cerca de 10 vezes mais combustíveis fósseis – sem contar a significante necessidade de muito mais terra e água – para produzir carne que produzir alimentos veganos. A produção de carne é, também, uma das principais fontes de poluição da água nos Estados Unidos. Todos nós podemos ajudar a frear o apetite dos Estados Unidos por petróleo, conservar recursos e reduzir a poluição, aderindo à alimentação vegana. Para saber mais, visite www.GoVeg.com.
Fonte: http://www.anda.jor.br/?p=61334 http://www.thenewsstar.com/article/20100508/OPINION03/5080313
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Nossas amigas: as baleias!
"A natureza é mesmo perfeita, não?
Essa notícia é um grande exemplo disso. Tudo no planeta Terra está ligado ao equilíbrio e tem uma importância muito maior do que possamos imaginar. E tudo tem ligação a outros aspectos. Por isso o desequilíbrio ambiental é uma das maiores tragédias que podem existir. Alterar um aspecto de um bioma é alterar o bioma inteiro.
Para exemplificar isso, vamos revelar a importâncias das fezes das baleias.
Fezes??? Como isso é importante? Vocês podem estar pensando isso… (Confesso, eu também pensei assim…)
As fezes da baleia aumentam a capacidade dos oceanos em absorver CO2. Os excrementos das baleias são também ótimos fertilizantes para as plantas marinhas, pois são ricos em ferro. E isso graças a alimentação das baleias, compostas basicamente de krill, pequenos crustáceos ricos em ferro.
À partir dessa poderosa fertilização, as plantas marinhas crescem mais rápido e ficam aptas a absorverem mais CO2.
Cientistas dizem que os oceanos são pobres em ferro e as fezes das baleias contém uma concentração muito elevada, contribuindo muito para o meio ambiente marinho.
A pergunta que fica é: O que será que os cientistas estão preparando com essa informação?
E você, se fosse cientista, o que faria com essa informação?"
Fonte: http://blog.eco4planet.com/
domingo, 9 de maio de 2010
Nível do mar na costa brasileira sobe 4 milímetros por ano
04/05/2010 - Autor: Paulo Roberto Andrade - Fonte: Agência USP
Segundo dados coletados em portos ao longo da costa brasileira, o nível do mar está aumentando no Brasil cerca de 40 centímetros (cm) por século, ou 4 milímetros (mm) por ano (mm/ano). A constatação é do Laboratório de Marés e Processos Temporais Oceânicos (Maptolab) do Instituto Oceanográfico (IO) da USP que investiga as variações no nível do mar no litoral brasileiro, a partir de séries de medições que começaram em 1980. As análises dos dados são feitas por médias de variações diárias, médias sazonais e médias anuais do nível do mar, que permitem estimar a variação local de longo prazo.
O professor Afranio Rubens de Mesquita, pesquisador do Maptolab, explica que as medições de nível do mar dependem de um conjunto de variáveis tais como: a variação do volume de água doce presente no mar decorrente do degelo; a variação da salinidade da água; a variação de temperatura decorrente do aquecimento global; a variação vertical da crosta em relação ao centro da Terra; a variação devido aos ventos e outros fenômenos atmosféricos; a variação oceanográfica decorrente das ondas e correntes oceânicas; a variação astronômica, devido ao Sol e a Lua (marés) e o posicionamento das órbitas dos planetas (causador das Glaciações) em relação à Terra, entre outras variáveis.
As medições do nível do mar da Costa Brasileira são feitas em estações permanentes distribuídas ao longo da costa por diferentes instituições: Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Diretoria e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o IO, que realiza, além das medições permanentes nas estações de Cananéia e de Ubatuba, no litoral Sul do Estado de São Paulo, medições de caráter não permanente em oceano profundo, ao longo da plataforma continental.
As medições feitas pela equipe do professor Mesquita na região de Cananéia, e publicadas em 2009, mostram um movimento de afundamento vertical da crosta na ordem de 0,11 cm por ano. Isso faz com que o nível do mar suba em relação à crosta a 0,38 cm por ano. “A variação de 0,38 cm por ano é preocupante e ameaça as praias, talvez, de toda a costa brasileira”, explica o pesquisador.
Outras séries de medições de nível do mar ao longo do litoral brasileiro indicam a mesma tendência de elevação de uma média de 40 cm por século, ou 4 mm por ano, que é mais evidente a partir dos anos 1960.
Dados anuais na costa brasileira indicam um aumento do nível do mar de 40 cm/século.
Sessão Capricórnio
O professor enumera várias dificuldades para se fazer essas medições em caráter global. Uma delas são as poucas estações de medições que há no hemisfério sul e os poucos recursos financeiros, que não permitem que medições de salinidade e de variação da temperatura da água sejam feitas ao longo da profundidade oceânica. Com essas medições seria possível estimar a razão com que, na atualidade, se dá a incorporação de água doce na região decorrente do degelo polar.
Para isso, o professor explica que é necessária a medição anual, durante um período mínimo de dez anos, na chamada Sessão Capricórnio, que é um conjunto de estações oceanográficas ao longo de uma radial oceânica (a partir de Santos até 500 quilômetros [Km] fora da costa), que permite a realização de medições ao longo da profundidade dos oceanos durante os dez anos do programa. “Não há dinheiro para que façamos essas medições todo ano e de forma contínua. Nossos pedidos de recursos junto a órgãos financiadores são constantemente negados, e isso atrasa o andamento e a qualidade das nossas medições e pesquisas sobre as variações do mar”, lamenta o professor.
“Estas medições profundas em mar aberto são mais limpas, livres de interferências geradas pelas correntes de marés junto à costa. Em comparação com medições feitas na costa, elas permitem o estudo mais acurado das componentes periódicas de natureza ‘astronômica’, que são ainda um grande enigma da Física nos dias de hoje”, explica o pesquisador.
Fonte: http://www.carbonobrasil.com/#
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Mico-leão-dourado: o mascote da conservação da biodiversidade
O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) chama a atenção pela cor vibrante de seus pelos, que varia de dourado a vermelho-dourado. Assim como outros micos e saguis da família Callitrichidae, seu pequeno porte, sua longa cauda e sua agilidade fazem do mico-leão-dourado um dos mais simpáticos animais da nossa fauna.
Ele vive cerca de oito anos, tem hábitos diurnos e, à noite, dorme em ocos de árvores ou emaranhados de cipós e bromélias. Se alimenta de frutos, animais invertebrados e pequenos vertebrados. Alguns estudos mostram que o mico-leão-dourado come mais de 60 espécies de plantas e, depois de digeri-las, ajuda a dispersar suas sementes pelo ambiente.
O mico-leão-dourado pode ser reproduzir uma ou duas vezes por ano e os períodos de reprodução vão de setembro a novembro e de janeiro a março. Não há diferenciação de cor e tamanho entre machos e fêmeas e, quando nascem os filhotes, tanto o pai quanto a mãe ajudam na criação.
Quase extinto
A imagem do pequeno primata de cerca de 60 centímetros de altura já correu o mundo e, desde os anos 70, é um dos símbolos da luta pela conservação da diversidade biológica. Isso porque o mico-leão-dourado está há muito tempo ameaçado de extinção.
A devastação da Mata Atlântica quase exterminou toda a população de micos-leões-dourados. Originalmente, a espécie era encontrada em todo o litoral fluminense, chegando até o Espírito Santo. Com a intensa ocupação da zona costeira no estado, acompanhada de extração de madeira e atividades agropecuárias, e a consequente destruição da mata, os micos estão agora confinados a cerca de 20 fragmentos florestais.
Apesar de serem pequenos, os micos-leões-dourados precisam de bastante espaço. Eles vivem em grupos de aproximadamente oito indivíduos, podendo chegar a 14, e cada grupo ocupa em média 110 ha.
Os pesquisadores afirmam que, para o mico-leão-dourado sair da lista de espécies ameaçadas de extinção, é preciso que, até 2025, haja cerca de 2.000 indivíduos vivendo soltos, em uma área de 25.000 ha de florestas. Atualmente, as populações selvagens não somam nem 1.000 indivíduos, que estão espalhados em remanescentes de florestas que, em sua maioria, não passam de 1.000 ha.
Trabalho de conservação
A história das ações de recuperação da população de micos-leões-dourados confunde-se com a história do WWF-Brasil. Em 1971, quando a Rede WWF iniciou sua atuação no Brasil, o primeiro projeto da instituição foi apoiar os estudos sobre um até então desconhecido primata do Rio de Janeiro que estava ameaçado de extinção.
Esse trabalho pioneiro viria a se transformar no Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado, um dos mais bem-sucedidos do gênero no mundo, que há 30 anos vem sendo executado por um conjunto de organizações parceiras.
Diferentes estratégias são adotadas desde então para aumentar a população de micos-leões-dourados. Na década de 80, foi iniciada a reintrodução em ambientes naturais de grupos de micos nascidos em cativeiro, com resultados muito bons. Até o ano 2000, cerca de 150 animais haviam sido soltos na mata.
Além da reprodução em cativeiro, os pesquisadores também investiram na translocação de micos-leões-dourados, ou seja, eles retiram os animais que estão vivendo em fragmentos florestais muito pequenos e os levam para áreas maiores. Essas duas técnicas de manejo são muito importantes para ampliar a área de distribuição da espécie e para aumentar a sua variabilidade genética, o que reduz a vulnerabilidade da mesma a doenças ou destruição de determinados fragmentos.
A importância das unidades de conservação
As unidades de conservação, mais conhecidas pela sigla UCs, desempenham um papel fundamental para que os micos-leões-dourados deixem de correr risco de extinção. Para se ter uma ideia, as maiores populações da espécie encontram-se em UCs. As duas maiores estão na Reserva Biológica Poço das Antas e na Reserva Biológica União, ambas no Rio de Janeiro.
Neste Ano Internacional da Biodiversidade, é indispensável que o Brasil volte suas atenções para a proteção da Mata Atlântica, que abriga não só os micos-leões-dourados, mas muitas outras espécies endêmicas.
O compromisso do país com a Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas é proteger em unidades de conservação 10% da área original da Mata Atlântica. No entanto, os remanescentes desse bioma são tão poucos e pequenos, que nosso desafio atualmente é proteger integralmente todos os fragmentos de floresta que ainda restam.
Fonte: http://www.wwf.org.br/
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Por um mar sem fim
Dados do governo federal apontam que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se em algum nível de risco. Para evitar que esses níveis se agravem, é preciso desenvolver uma política nacional de conservação dos nossos mares que inclua a criação e implementação de Áreas Marinhas Protegidas e uma maior governança pesqueira, visando o fim da pesca ilegal e predatória.
O Brasil tem uma longa história de ligação com o mar. É na costa que se concentra a maior parte da nossa população e são nas praias que essa massa de pessoas se diverte nos fins de semana de sol. O que poucos imaginam é que este lazer está ameaçado. Mas quem precisa do mar para sobreviver – como os pescadores que capturam peixes cada vez mais pequenos – ou os cientistas que estudam a qualidade da água no nosso litoral, sabe muito bem que a ameaça é real.
Em 2007, o Greenpeace realizou uma pesquisa com mais de 40 especialistas, entre membros do governo, representantes de ONGs e pesquisadores acadêmicos. Todos foram unânimes em dizer que nossas águas estão se afogando em problemas por conta da gestão desordenada, da insuficiência de áreas protegidas capazes de repor nossos estoques pesqueiros e da vulnerabilidade dos oceanos às mudanças climáticas.
Esse estudo serviu de base para a criação da Campanha de Oceanos do Greenpeace, que tem com o objetivo primordial a criação de Áreas Protegidas em 30% da extensão da zona marítima sob jurisdição brasileira e conscientizar as pessoas sobre a relevância da conservação marinha.
Gestão desordenada
Atualmente, a gestão dos mares é disputada por três órgãos que raramente atuam de forma coordenada. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) é responsável pelo ordenamento costeiro e pela fiscalização da pesca. O Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) segue na contramão, pois sua função é justamente a de incentivar a exploração dos recursos pesqueiros. Ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobra a tarefa de zelar pela biodiversidade, coisa que por sinal ele não faz muito bem.
Menos de 1% da águas brasileiras, um colosso que se estende por 8.688 quilômetros de costa e se espicha por 200 milhas Oceano Atlântico adentro, está sob proteção. As três Áreas Marinhas Protegidas mais relevantes do país – a Reserva Biológica do Atol das Rocas e os Parques Nacionais de Abrolhos e Fernando de Noronha – foram criadas antes de 1988. É fundamental retomar a política de criação de reservas marinhas para repor os estoques de peixes e garantir a qualidade de um litoral cuja economia depende muito do turismo marítimo.
A pesca comercial não vem respeitando orientações que permitem a reposição dos estoques, como não ultrapassar cotas de captura, atuar somente com licenças de pesca, utilizar técnicas não predatórias, respeitar áreas e períodos de reprodução das espécies, além de tamanho mínimo dos indivíduos de cada espécie.
Presente em 71% da superfície da Terra, os oceanos são peça-chave para o equilíbrio do clima, das correntes marinhas, correntes de ventos e temperatura do planeta. Eles têm papel relevante na variação de temperatura e são sumidouros de carbono, capturando as emissões provocadas pela atividade humana de CO2, que contribuem para o aquecimento global. O problema é que a poluição e o uso predatório dos recursos marinhos podem desequilibrar essa função reguladora dos mares no clima, pondo em risco a vida marinha e os 2/3 da população mundial que vivem à beira-mar.
O que queremos
- Criação de áreas marinhas protegidas em 30% de nossas águas territoriais e, globalmente, para que o mundo destine 40% de suas águas oceânicas para reservas marinhas;
- Uma política nacional de oceanos marcada pela coordenação entre os órgãos responsáveis;
- Regulamentação definitiva da atividade pesqueira – incluindo a fiscalização contra técnicas de pesca predatórias como o arrasto;
– Conscientização da população sobre a conservação dos oceanos;
- Pressão sobre a diplomacia brasileira para que ela aja em fóruns internacionais no sentido de proteger a biodiversidade marinha global.
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Oceanos/
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Política Ambiental no Brasil à beira do abismo
(28 de Abril de 2010)
As entidades signatárias manifestam nesta Nota sua forte preocupação com a atual conjuntura da política ambiental Brasileira, agravada ainda mais com a situação atual por que passam os servidores públicos federais ambientais (MMA / IBAMA / ICMBio / SFB) cujas reivindicações merecem nosso total apoio. O descaso do governo federal para com as carreiras ambientais constitui a derradeira e inequívoca evidência de que presenciamos uma crise inaceitável na política socioambiental brasileira, em pleno Ano Internacional da Biodiversidade.
As evidências de que o projeto de crescimento econômico fomentado pelo governo federal ruma na contra mão do desenvolvimento sustentável são inúmeras e graves. Vejamos:
1) Até agora o executivo federal não se posicionou de forma clara, pública e firme contrário ao movimento de flexibilização generalizada da nossa legislação federal sustentado - em dezenas de audiências públicas recentes - por representantes governistas da bancada ruralista no Congresso Nacional. Dentre as proposições em curso que visam desconstituir algumas das principais garantias legais pós-Constituição de 1988 destacamos:
I - a desfiguração do código florestal com propostas de anistia generalizada para consolidar o uso econômico de desmatamentos ilegais em áreas protegidas ou de risco (Reservas legais e áreas de preservação permanente);
II - propostas para enfraquecer o Zoneamento Ecológico-econômico como instrumento de planejamento fundamental para promoção da sustentabilidade retirando do próprio governo federal o controle sobre a sua qualidade e consistência;
III – proposta para eliminar o poder normativo do CONAMA, órgão de primeira importância do Sisnama por garantir a participação, legitimidade e transparência no desenvolvimento de normas e parâmetros técnicos ambientais;
IV – proposta para suprimir a prerrogativa do executivo de criar unidades de conservação, obrigando a sua homologação pelo legislativo.
2) A aprovação na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2009, de dispositivo no Projeto de Lei Complementar (12/09) que suprime o poder supletivo do órgão ambiental federal para o exercício da fiscalização, ou seja, de cobrir a eventual omissão dos órgãos ambientais estaduais, comprometendo de forma significativa o controle do desmatamento e, conseqüentemente, o controle federal sobre o cumprimento das metas de redução de CO2 contidas na Política Nacional de Mudanças Climáticas.
3) O não lançamento até hoje, pela Casa Civil da Presidência da República, da revisão do Plano Nacional de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia, revisão esta iniciada no primeiro semestre de 2008. Espera-se que a atual revisão inclua as ações relativas aos compromissos estendidos para o Cerrado, parte integrante das metas do item anterior.
4) A defesa exaltada e publicitária de um Programa de Aceleração do Crescimento 2 pautado fundamentalmente em obras de infra-estrutura altamente impactantes e despidas de avaliação ambiental integrada e estratégica. O PAC, em nenhuma de suas versões, contém planejamento correlato que indique um fortalecimento da gestão ambiental capaz de garantir sustentabilidade aos seus objetivos.
5) A insistência na aprovação, inclusive com pressão política exercida sobre técnicos do órgão de licenciamento ambiental federal e manifestações autoritárias na mídia parte de representantes do TCU e da ABIN contrárias às organizações da sociedade civil que questionam legitimamente no judiciário obras de infra-estrutura comprovadamente anti-econômicas e flagrantemente causadoras de graves impactos socioambientais, como a UHE – Belo Monte, no Pará, e a rodovia BR 319, no Amazonas, cortando o coração da Amazônia.
6) O bloqueio na Casa Civil, em atendimento à pressão do Ministério de Minas e Energia, na criação de novas áreas protegidas sob pretexto de desenvolver estudos para prospecção de áreas para mineração pondo em risco áreas com alto potencial de conservação de biodiversidade.
E por fim,
7) a recusa do executivo federal em cumprir acordo firmado com servidores das carreiras ambientais federais, induzindo com isso a evasão de técnicos qualificados do setor ambiental para outros órgãos públicos melhor estruturados e remunerados, ou mesmo instituições privadas, o que comprometerá sobremaneira a já pouco estruturada política ambiental brasileira.
O fortalecimento institucional dos órgãos responsáveis pela implementação das políticas e legislação ambientais é vital, e não acontecerá sem um tratamento sério e responsável às legítimas demandas dos seus servidores ambientais e da sociedade civil.
O tratamento anti-isonômico e de 2ª categoria conferido às carreiras ambientais nos órgãos federais precisa ser revisto e as demandas apresentadas merecem ser atendidas no curtíssimo prazo.
A omissão do poder executivo federal em relação ao flagrante ataque à nossa legislação socioambiental em curso no Congresso Nacional é também inaceitável cabendo aos líderes políticos do governo federal, em especial ao Presidente Lula, defender a implementação da legislação em vigor e o fortalecimento das instâncias de gestão ambiental federal.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Usina de Belo Monte - Os custos de 'a qualquer preço'
Hoje, no jornal Valor Econômico, o ministro de Minas e Energia revelou que o custo para construção de um parque eólico, com a mesma capacidade de geração média de Belo Monte, seria de R$ 32 bilhões, valor inferior ao estimado para a construção da hidrelétrica, que gira em torno dos R$ 40 bilhões.
É verdade que o governo não assume que a hidrelétrica vai custar tudo isso. Ao contrário, insiste em reforçar que Belo Monte custará supostos R$ 19 bilhões. O que não revela é que a conta não está completa, já que deixa de estimar os custos ambientais e sociais da empreitada, além dos pesados subsídios em isenção fiscal que nela estão embutidos.
Não foi à toa que empresas como a Camargo Corrêa e a Odebrecht caíram fora e, na hora H, não quiseram participar do leilão de Belo Monte, prevendo que teriam que arcar com o risco de um empreendimento cuja engenharia econômico-financeira está sendo manipulada pelo governo.
Lula já afirmou que irá “fazer Belo Monte de qualquer jeito”. Deixando para lá o sentido dúbio da frase, fica a dúvida: por que tanto esforço para viabilizar um projeto controverso, caro, cheio de problemas ambientais, sociais e econômicos se o Brasil pode, como um investimento menor, gerar energia limpa, segura e com impactos incomparavelmente menores?
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/
sábado, 24 de abril de 2010
Mais um problema para os oceanos...
Acidificação dos oceanos
"Sempre me pergunto por que são tão poucas as iniciativas voltadas para a conservação marinha no Brasil, mas particularmente em São Paulo. Ontem fui participar de uma mostra de vídeo aqui em São Paulo, na Sala Crisantempo. Um espaço muito legal e que tem realizado mostra de filmes ambientais dos mais variados.
Eu já tinha ido lá algumas outras vezes para debates e até mesmo para a projeção do filme O Mar é Nosso?
Ontem fui assistir a um documentário que fala sobre a questão da acidificação dos oceanos. O nome do filme em inglês é a A SEA CHANGE (site do filme: http://www.aseachange.net/), traduzido no Brasil para MUDANÇAS NO MAR.
O filme é sensacional e uma grande pena que ele tem circulado tão pouco no Brasil.
Pude participar ontem de uma mesa de debate com um dos diretores do filme Daniel de La Calle.
Você deve estar se perguntando que raios é essa tal de acidificação. Já temos outras ameaças complicadas, aquecimento global, pesca predatória, branqueamento de corais, desmatamento... mas esse tal de acidificação você nunca tinha ouvido falar, não é?
Pois é. O filme conta exatamente a história de um jornalista que leu um artigo sobre o assunto e ficou indignado ao perceber que essa ameaça, ainda invisível é tão prejudicial a biodiversidade marinha e por conseqüência a toda vida no Planeta Terra e acabaram escrevendo esse roteiro. Você pode assistir ao trailler aqui e ainda acessar o blog do filme.
A acidificação ocorre devido a absorção de CO2 da atmosfera pelos oceanos. Isso ocorre naturalmente e sempre ocorreu. A grande diferença é que agora temos muito mais CO2 na atmosfera e os oceanos estão absorvendo cada vez mais e ficando mais ácidos, afinal, se você misturar CO2 + H2O --> H2CO3, que é um ácido carbônico.
E qual é o problema da acidificação? Muitos. O primeiro deles é que como qualquer ácido, pense por exemplo na coca cola, enfraquece muitos materiais, dentre eles as conchas. Os animais com conchas são a base da cadeia e acabam morrendo e desestabilizando toda a vida marinha.
Aí, se não bastasse o aperto no peito que senti ao ver o filme ontem, chego hoje no escritório e fazendo uma busca em jornais internacionais percebo que o assunto está na pauta da mídia. Segundo a National Research Council, dos Estados Unidos, os mares estão absorvendo mais de um milhão de toneladas de CO2 por hora. Isso equivale a um terço de todas as emissões deste gás no globo. O aumento desses níveis cresce a uma velocidade nunca antes vista, de acordo com o estudo publicado nesta quinta-feira.
Desde o início da era industrial, há cerca de 200 anos, os oceanos do planeta já ficaram 30% mais ácidos, dizem os pesquisadores americanos. Não dá para acreditar!
Nesse ritmo, as previsões são catastróficas. Até o final do século, os mares aumentariam seus níveis de CO2 em 200%, conforme James Barry, um dos autores do estudo.
A acidificação está mudando a química dos oceanos numa escala e numa magnitude maiores do que se imagina ter ocorrido com a Terra milhões de anos atrás. E espera-se que isso provoque alterações no crescimento e na sobrevivência de uma ampla variedade de organismos marinhos. Como esses diferentes e belos seres aqui embaixo.
E o pior de tudo isso?
Ninguém aqui no Brasil está preocupado com o fato do aquecimento global estar ameaçando os oceanos, com o fato de estarmos perdendo a base da nossa cadeia marinha e que isso afetará toda a nossa vida e o planeta. Ninguém está preocupado com a morte dos corais, que estão sofrendo branqueamento. Ninguém está preocupado com a proteção dos oceanos... e isso me dá um aperto no peito maior ainda.
Espero que existam muitas outras iniciativas como essa da equipe do Sea Change e da Sala Crisantempo... para que a cada dia mais pessoas estejam preocupadas com a saúde e proteção dos nossos oceanos. Afinal, são eles os responsáveis pelo equilíbrio da temperatura do planeta."
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Usina de Belo Monte - Desistências e Luta
Odebrecht e Camargo Corrêa desistem da usina de Belo Monte - 07/04/2010
Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br
O consórcio formado pelas construturas Carmargo Corrêa e Odebrecht acaba de desistir do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, previsto para o próximo dia 20, informa o jornal Folha de S. Paulo.
Na prática, a desistência deu-se quando o consórcio não aderiu ao cadastramento da Eletronorte, cujo prazo venceu hoje às 17h.
Segundo a Folha, com a desistência da Camargo e da Odebrecht, o governo tenta às pressas convencer algum outro grupo empresarial a competir com o único consórcio que já registrou-se para a licitação, formado pela Andrade Gutierrez, a Neoenergia (associação entre a Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil) e dois autoprodutores de energia: a Vale e a Votorantim.
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A luta conta contra a usina continua. Na última quinta-feira, mais de 100 organizações sociais e de direitos humanos encaminharam à ONU um documento sobre as ilegalidades e arbitrariedades no licenciamento de Belo Monte. O relatório denuncia as violações de direitos humanos que a hidrelétrica vai acarretar à população local e fala das intimidações sofridas pelos que se opuseram ao licenciamento.
Ignorando protestos de pesquisadores e comunidades tradicionais, o governo autorizou este ano a construção daquela que vai ser a terceira maior hidrelétrica do mundo. Se sair mesmo do papel, a barragem vai alagar mais de 50 mil hectares de floresta e desalojar pelo menos 20 mil pessoas.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Safra recorde e Cadastro Ambiental Rural: O ponto de mutação do agronegócio ?
Chuvas abundantes e aumento da área plantada, além de melhoria na produtividade, são os fatores apontados pelos analistas de governo como determinantes para essa safra histórica e que garantem também vantagem competitiva do país na escalada rumo ao topo no ranking dos exportadores. Mas nessa subida como ficam as questões ambientais?
No Mato Grosso, segundo maior produtor brasileiro, a área plantada de soja aumentou 7,3% em relação à safra passada, principalmente no nordeste (aumento de 19%) e noroeste do estado (14%) que inclui parte do bioma Amazônia. Ao mesmo tempo, dados do IMAZON mostram uma tendência de queda de 35% no desmatamento acumulado para o Mato Grosso entre agosto de 2009 a janeiro de 2010, comparado a 2008-2009, um indicativo de que sim é possível chegar ao topo sem desmatar. Para isso as operações do governo federal, aumento da fiscalização estadual e restrição de crédito nos municípios que mais desmatam são fundamentais. Assim como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta adotada pelo governo do Mato Grosso (e desde dezembro obrigatória para todos os demais estados do bioma Amazônia) que pode contribuir para construir esse novo cenário.
O CAR permite monitorar as propriedades rurais, sendo essencial para assegurar que as atividades produtivas aconteçam de maneira responsável e em adequação à legislação ambiental. Depois de cadastrada, a propriedade pode obter a LAU (Licença Ambiental Única) que indica sua regularidade ambiental. Até o final de 2009, 7.200 LAU estavam ativas no Mato Grosso, somando 19,9 milhões de hectares licenciados. Restam ainda 73 milhões de hectares (78%) de área aguardando regularização ambiental. Avançar no cadastro ambiental rural é também o desafio do Pará, atual líder no ranking do desmatamento.
Esse desafio, no entanto, deve ser também da indústria e dos bancos. As indústrias da soja e da carne já admitiram a importância do CAR ao assumir compromissos que tem no CAR a principal ferramenta de suporte para controle do desmatamento. Ao exigir e apoiar seus fornecedores no processo de cadastro, os setores da soja e da carne também atendem a demanda crescente do mercado por uma produção que não implica em desmatamento. Já os bancos respaldados desde 2008 pela resolução 3545 do Conselho Monetário Nacional precisam ampliar a aplicação dessa medida que dá crédito aos produtores regularizados.
Assim o agronegócio brasileiro chegará ao seu ponto de mutação e o Brasil ao topo conciliando produção e meio ambiente.
(12.03.2010)
Fonte: http://www.greenblog.org.br/
quarta-feira, 31 de março de 2010
Água poluída mata mais que violência
A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU.
“A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras”, disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).
Em um relatório intitulado “Água Doente”, lançado para o Dia Mundial da Água, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas “zonas mortas”, sufocando recifes de corais e peixes.
O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.
Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento.
A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e “mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada.”
O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.
Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
“Se o mundo pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto”, disse o diretor da Unep, Achim Steiner, “O esgoto está literalmente matando pessoas.”
Fonte: http://www.eco4planet.com/pt/
sábado, 27 de março de 2010
Participe da Hora do Planeta HOJE! Apague as luzes de sua casa das 20h30 às 21h30.
Participem da HORA DO PLANETA, HOJE (27/03)! Apaguem as luzes de casa de 20h30 às 21h30.
Será a maior mobilização já feita na Terra, contra o aquecimento global.
125 países e várias cidades brasileiras participarão do movimento.
Site da Hora do Planeta: http://www.horadoplaneta.org.br/index.php
Milhões de pessoas apagarão as luzes na Hora do Planeta
Centenas de locais mundialmente famosos, como a Torre Eiffel ou a o la Cidade Proibida, ficarão às escuras neste sábado durante a Hora do Planeta, uma ação destinada a promover a luta contra o aquecimento climático durante o qual se prevê a participação de milhões de pessoas.
A Hora do Planeta acontece neste sábado (27) às 20h30, no horário local de cada país, e mais de 1.200 edifícios apagarão suas luzes.
Esta quarta edição, que acontece três meses depois do fracasso da cúpula do clima de Copenhague, promete ser a mais seguida, com 125 países participantes ante os 88 do ano anterior, anunciaram os organizadores.
"A acolhida dada à Hora do Planeta foi imensa. A taxa de resposta é muito superior ao ano passado", afirmou com satisfação o fundador do movimento, Andy Ridley. "Supõe-se que a operação Hora do Planeta vai ultrapassar as fronteiras geográficas e econômicas", acrescentou.
Muitas multinacionais como o Google, Coca-Cola, Hilton, McDonalds, Canon, HSBC ou Ikea aceitaram participar no apagão pelo bem do planeta.
Sydney será, pela diferença horária, a primeira a mergulhar na escuridão, com o apagar das luzes da Ópera. Depois as luzes serão apagadas nas Pirâmides do Egito, a Fontana de Trevi e a Torre de Pisa, na Itália, ou a Torre Eiffel de Paris.
Em Pequim, a Cidade Proibida e o emblemático Ninho do Pássaro, estádio dos Jogos Olímpicos de 2008, também ficarão às escuras. Estes apagões adquirem um significado especial neste país, símbolo de um crescimento econômico fulgurante acompanhado de uma contaminação que ostenta o título de maior poluente do mundo.
No Japão, o Memorial da Paz de Hiroshima participará na operação enquanto que os grupos Sony, Sharp e Asahi apagarão suas luzes em Tóquio. Em Dubai, a Burj Khalifa, a maior torre do mundo, sumirá na escuridão.
Em dezembro, a Conferência de Copenhague, sob patrocínio da ONU, desembocou em um acordo de mínimos entre 30 países, dos 192 participantes.
O acordo fixa como objetivo limitar a dois graus a elevação média da temperatura do planeta, mas é impreciso sobre como se conseguirá ao não cifrar objetivos a curto prazo (2020) nem a médio (2050).
Os grandes países em desenvolvimento, como a China e a Índia, se negam a aceitar obrigações vinculantes e consideram que os objetivos dos países industrializados estão muito longe de sua responsabilidade na poluição do planeta.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/26/milhoes+de+pessoas+apagarao+as+luzes+na+hora+do+planeta+9440393.html
"A Hora do Planeta é um ato simbólico da sociedade – você faz acontecer. Inspire-se e respeite a natureza em todas as horas de sua vida."