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sábado, 17 de julho de 2010

Florestas tropicais são mais eficientes para absorção de gás carbônico


Florestas tropicais absorvem um terço de todo o CO2 que é retirado da atmosfera pelas plantas

Um estudo publicado na revista Science aponta que as florestas tropicais, como a Amazônia, são as “máquinas” de fotossíntese mais eficientes do planeta. De acordo com o trabalho científico, elas absorvem um terço de todo o gás carbônico (CO2) que é retirado da atmosfera pelas plantas a cada ano.
Foi a primeira vez que cientistas calcularam a absorção global de CO2 pela vegetação terrestre: são 123 bilhões de toneladas do gás por ano. ”É o dobro da quantidade de CO2 que os oceanos absorvem”, comparou o coautor do estudo, Christian Beer, do Instituto Max Planck para Bioquímica, na Alemanha. As selvas tropicais respondem por 34% da captura, e as savanas por 26%, apesar de ocuparem o dobro da área.
Um outro estudo, publicado na mesma edição da Science, mostrou que a temperatura influencia pouco na quantidade de carbono exalado pelas plantas quando elas respiram. Antes, cientistas temiam que o aquecimento global pudesse acelerar as taxas de respiração, fazendo com que florestas se convertessem de “ralos” em fontes do gás, fator que agravaria ainda mais o problema. Juntos, esses dados devem ajudar a melhorar os modelos climáticos, que dependem do conhecimento preciso do fluxo de carbono entre plantas, atmosfera, oceanos e fontes humanas do gás.
Amazônia
O trabalho dos cientistas do Instituto Max Planch ressalta a importância das florestas secundárias na Amazônia como “ralos” para o CO2 despejado em excesso no ar por seres humanos. É que apesar de absorverem muito carbono por fotossíntese, as florestas tropicais devolvem outro tanto ao ar quando respiram. Por outro lado, as florestas em regeneração fixam muito mais carbono do que exalam.
O estudo usou dados de uma rede internacional, a Fluxnet, que reúne centenas de torres que servem como postos de observação pelo mundo, analisando os fluxos de CO2 na vegetação ao redor. No Brasil, há quase uma dezena de torres de fluxo, a maior parte delas instaladas na Amazônia. ”Mas ainda sabemos pouco, por exemplo, sobre pontos de transição abrupta ligados ao clima, como florestas em savanização”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo o biólogo Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. “E ainda existem ambientes pouco mapeados, como pântanos e brejos.”

Fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/07/florestas-tropicais-sao-mais-eficientes-para-absorcao-de-gas-carbonico/

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Desaparecimento de abelhas pode prejudicar produção de frutos, diz especialista


A diminuição da quantidade de abelhas pode prejudicar a cultura de frutos como melão, manga, melancia e goiaba no Brasil. A bióloga e pesquisadora da Embrapa Semiárido, Márcia Ribeiro, em entrevista à Rádio Nacional, afirmou que os Estados Unidos e o Canadá já estimam a perda de milhões de dólares na produção de frutos com o desaparecimento das abelhas.
De acordo com a bióloga, no Brasil, ainda não há estudos sobre esses prejuízos. “Mas já se sabe que o número de abelhas está diminuindo aqui também”. Ela explicou que em diversas culturas as abelhas são necessárias para que haja a polinização das flores e, consequentemente, a planta possa produzir frutos.
Segundo a pesquisadora, o Brasil começou a investir em estudos de polinizadores e formas de polinização nos últimos anos. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) lançou em setembro do ano passado um edital para a pesquisa da polinização em diversas culturas. Apesar disto, Márcia salienta que esses estudos estão apenas começando.
Segundo a bióloga, as abelhas são mortas por pessoas que colhem mel de colmeias naturais de forma inadequada, deixando um rastro de destruição no habitat. “Elas vão até a vegetação nativa, extraem o mel dos ninhos sem nenhum cuidado e deixam as abelhas morrerem, causando um desequilíbrio no meio ambiente.”

Fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/07/desaparecimento-de-abelhas-pode-prejudicar-producao-de-frutos-diz-especialista/

sábado, 26 de junho de 2010

Espírito Santo ganha mais proteção


25 jun 2010 às 10:48

Decreto assinado em 17 de junho acaba de criar duas Unidades de Conservação para a costa do Espírito Santo: a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa das Algas e a Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) de Santa Cruz, nos municípios de Aracruz, Fundão e Serra.

Em um momento como o atual, onde os oceanos sofrem com vazamentos, acidificação, pescas “científicas”, entre outros, a criação destas unidades de conservação chegam com um gosto especial. Os mares e oceanos carecem de Áreas Marinhas Protegidas para garantir, além da proteção da vida marinha, a possibilidade da recomposição do estoque pesqueiro amplamente comprometido.

Ainda é tempo de que nossos governantes abram os olhos para a sensibilidade dos ecossistemas marinhos e desistam de grandes obras de impacto como é o caso do Porto-Sul, fruto da ambição de empresas estrangeiras em cima das riquezas naturais brasileiras.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/

sábado, 19 de junho de 2010

SP ficará 3°C mais quente neste século


Ambiente. Como consequência do aquecimento na Região Metropolitana, o número de dias com chuvas intensas na capital dobrará e haverá um aumento de dias e noites quentes. Os dados constam de estudo feito por pesquisadores do Inpe, Unicamp, Unesp e USP.
(15 de junho de 2010)

Afra Balazina - O Estado de S.Paulo

A Região Metropolitana de São Paulo terá um aumento da temperatura média entre 2ºC e 3ºC neste século, o que dobrará o número de dias com chuvas intensas na capital paulista e levará a uma elevação das ondas de calor e dos dias e noites quentes na região. Os dados fazem parte do relatório Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas.
O estudo aponta que, se a expansão urbana continuar com o padrão atual, em 2030 cerca de 11% das novas ocupações poderão ocorrer em áreas de risco de deslizamento e mais de 20% da área total de expansão seria suscetível a enchentes e inundações. "O estudo não traz nenhuma boa notícia", resume Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A Região Metropolitana de São Paulo possui cerca de 20 milhões de habitantes e as projeções indicam que a mancha urbana será o dobro da atual em 2030. Além de ter projeções do clima e saber a declividade do terreno, o uso e a ocupação do solo também influencia na vulnerabilidade - uma área inclinada ocupada por favela tem risco muito maior que uma área com vegetação, explica Nobre.
A população está cansada de saber dos impactos negativos das chuvas fortes e enchentes. De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no período de 1988 a 2009 houve um total de 1.457 mortes por deslizamentos no Brasil, sendo 220 no Estado de São Paulo. Somente o Rio de Janeiro teve um número maior: 509 mortes.
A pesquisa mostra ainda que o clima já vem mudando na capital paulista. Chuvas acima de 50 milímetros ao dia, por exemplo, eram raras antes de 1950. Hoje, ocorrem de duas a cinco vezes por ano na cidade. "A crescente urbanização das periferias atuando em sinergia com o aquecimento global projeta que eventos com grandes volumes de precipitações pluviométricas ocorrerão com mais frequência no futuro, abarcando cada vez uma maior área da Região Metropolitana de São Paulo", diz o estudo.
O aquecimento global é provocado pelas emissões de gases de efeito estufa - o principal deles é o gás carbônico. Mas a temperatura nas cidades também é maior nas áreas cobertas por edifícios e pavimentação - locais pavimentados irradiam 50% a mais de calor que superfícies com vegetação.
Inevitável. Segundo Nobre, mesmo que São Paulo passasse a ter emissão zero a partir de hoje, o aquecimento global continuaria. É por isso que o estudo ressalta a importância da adaptação para o aumento da temperatura e suas consequências.
Para evitar maiores danos, as cidades da Região Metropolitana precisam investir no controle das ocupações de áreas de risco e na proteção das áreas de várzeas de rios. A pesquisadora Andrea Young, do Núcleo de Estudos de População da Unicamp, lembra da importância da criação de parques lineares, ao longo dos rios - algo que a Prefeitura de São Paulo começou a se preocupar nos últimos anos.
Ela ressalta que, além de atuar para recuperar a vegetação na área, é preciso mudar o padrão de construção nas cidades - que usa muito vidro, o que facilita a retenção do calor e funciona como uma estufa. Para Andrea, é fundamental que as 39 cidades da região atuem em conjunto. "Ainda não há uma gestão integrada."
O trabalho reuniu pesquisadores do Inpe, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de SP) e a Embaixada do Reino Unido apoiaram o estudo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100615/not_imp566622,0.php

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Salve o Código Florestal Brasileiro


O BRASIL QUER PROTEÇÃO, NÃO DESMATAMENTO

Os nossos deputados estão decidindo agora mesmo se irão apoiar a proposta da bancada ruralista que irá destruir nossas florestas -- reduzindo dramaticamente as áreas de proteção ambiental e legalizando áreas desmatadas.

Caso aprovadas, estas emendas terão um impacto devastador no Brasil, tirando a proteção de milhões de hectares de mata nativa. Nós não podemos deixar isto acontecer!

Vamos enviar uma enxurrada de emails para os líderes dos partidos demandando que eles protejam as nossas florestas e votem contra qualquer tentativa de enfraquecer o Código Florestal .

ASSINE A PETIÇÃO AQUI:
http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?cl=613846382&v=6588

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Espécies de peixes são afetadas por poluição sonora


07.06.2010

"Ao contrário do que normalmente imaginamos, os oceanos não são ambientes silenciosos. Diferente de nós, os peixes não têm dificuldade em ouvir debaixo d’água e a poluição sonora crescente está ameaçando suas populações.
Para a maioria das espécies de peixes, a audição desempenha uma componente essencial das suas vidas. Os crescentes níveis de poluição sonora nos oceanos proveniente de plataformas petrolíferas e de gás, de navios, barcos ou sonares, estariam afetando a distribuição das populações de peixes, a sua capacidade reprodutiva, a sua capacidade de comunicação e de defesa contra predadores. Algumas espécies de peixes são muito sensíveis aos ultra-sons e outras são muito sensíveis aos infra-sons.
Cerca de 80% dos transportes marítimos são motorizados. Os sonares para procura de peixes, por exemplo, são utilizados desde os anos 50 e globalmente a poluição sonora está aumentando embora pouca atenção lhe seja prestada."

*Fonte: BBC.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Importância das áreas protegidas na Amazônia


Estudo mostra importância de áreas protegidas na redução de emissões
27 Maio 2010

"Foi divulgado ontem artigo científico que demonstra que as áreas protegidas (APs) da Amazônia são efetivas para reduzir a emissão de carbono para a atmosfera, por desmatamento evitado. O artigo, preparado por pesquisadores brasileiros e americanos, foi publicado no prestigioso periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

De acordo com a pesquisa, as áreas protegidas – que englobam as terras indígenas, as unidades de conservação de uso sustentável e as unidades de conservação de proteção integral – abrigam 54% das florestas remanescentes da Amazônia Brasileira. Para definir o quanto as APs contribuem para impedir a emissão do carbono armazenado na floresta para a atmosfera, os pesquisadores analisaram os efeitos de cada uma das 595 áreas protegidas da Amazônia sobre o desmatamento. A conclusão é que, entre 1997 e 2008, o conjunto de APs demonstrou efeito de inibição do desmatamento. Das áreas protegidas criadas depois 1999, 115 se mostraram efetivas imediatamente após terem sido decretadas.

Ainda de acordo com o artigo, a recente expansão do número de áreas protegidas na Amazônia foi responsável por 37% do total de redução de 13,4 mil km² no desmatamento entre 2004 e 2006. É importante registrar que, nesses casos, não houve vazamento, ou seja, a criação de novas APs não desviou o desmatamento para outros lugares, e sim evitou de fato que novas áreas fossem desmatadas.

As estimativas do estudo apontam que, além das APs, mudanças no ciclo econômico contribuíram com 44% da redução do desmatamento na Amazônia, enquanto 18% podem ser atribuídos a outros fatores, como fiscalização mais intensiva pelo governo federal. Essas projeções foram feitas a partir de um modelo econométrico de previsão do desmatamento com base nas mudanças das condições socioeconômicas.

Potencial de evitar emissões
De acordo com este estudo, os cientistas calculam que as APs da Amazônia, se plenamente implementadas, poderiam evitar a emissão de 8,0 (±2,8) bilhões de toneladas de carbono até 2050.

No entanto, implementar as 595 áreas protegidas já existentes representará um custo considerável para o Brasil, calculado em cerca de US$ 147 bilhões. Esse valor compreende os investimentos necessários para a consolidação das APs e os lucros que o país deixará de obter ao abrir mão de atividades econômicas na região até 2050.

As florestas tropicais, entre elas a Amazônia, exercem um papel crucial no sistema climático mundial, por armazenar grandes quantidades de carbono. Por essa razão, os pesquisadores afirmam que o custo de manutenção das áreas protegidas brasileiras deveria ser parcialmente compensado por um acordo internacional de clima que inclua incentivos para países tropicais que reduzam suas emissões de carbono por desmatamento e degradação florestal.

O estudo foi elaborado por 12 pesquisadores ligados a: Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; The Woods Hole Research Center; WWF-Brasil; e Gordon and Betty Moore Foundation."

Fonte: http://www.wwf.org.br/?25200/Estudo-mostra-importncia-de-reas-protegidas-na-reduo-de-emisses